2010-09-04 20:19:26

CARDEAL RYLKO: EVANGELIZAÇÃO É RAZÃO DE SER DA IGREJA


Seul, 04 set (RV) - Entra na reta final o Congresso dos leigos católicos da Ásia, em andamento em Seul, na Coreia do Sul. De fato, amanhã, domingo, se terá a missa conclusiva na catedral da cidade, ao término da qual todos os participantes receberão um mandato missionário para a evangelização na Ásia. Os trabalhos foram concluídos esta manhã pelo Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko. O Congresso foi organizado pelo referido organismo vaticano.

Esperança: esse é o denominador comum do Congresso, disse o Cardeal polonês. E essa esperança tem um nome, o nome de Deus, o único capaz de derrotar o "esmorecimento profundo" e "o niilismo prático" do qual a humanidade pós-moderna é vítima. A grande missão dos cristãos na Ásia, então, é anunciar a esperança ao Continente, sobretudo onde a liberdade religiosa é negada, porque "a evangelização não é uma atividade acessória, mas a razão de ser da Igreja" – reiterou o purpurado.

O Cardeal Rylko chamou a atenção para o fato que a evangelização não significa reduzir tudo a um diálogo aplainado ou a uma simples obra de promoção humana. Não: evangelizar significa olhar três "leis fundamentais", reiteradas vezes recordadas no passado pelo então Cardeal Ratzinger.

A primeira é a lei da expropriação, que nos diz que evangelizar "jamais é uma questão privada, porque por trás estão sempre Deus e a Igreja".

A segunda norma diz respeito à humildade: como um grão de mostarda, quem anuncia o Evangelho deve ser humilde e somente assim saberá reagir ao desencorajamento que pode atingir o empenho missionário.

Por fim, a terceira lei nos recorda a importância dos mártires, aqueles que, como o grão de trigo, morrem para dar fruto.

Em seguida, o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos se deteve sobre o tema da inculturação do Evangelho e reiterou que, longe de sincretismo, a fé não se identifica com nenhuma cultura, mas, pelo contrário, é capaz de impregnar toda cultura.

O purpurado destacou ainda como central também a questão da formação, direito-dever dos leigos e no qual "a presença e a contribuição das mulheres" é cada vez mais importante. Ressaltou ainda que a formação dos leigos deve ser feita sobretudo nas paróquias, "verdadeiras academias de vida cristã", e nos "movimentos eclesiais", desde que sejam "inseridos com humildade na vida das Igrejas locais".

O último ponto tratado pelo Cardeal Rylko foi o da santidade, que "não é uma utopia", mas fascinante meta que Cristo prospecta a todos os batizados". "Os santos são grandes mestres de vida cristã – ressaltou – infundem-nos a coragem de investir toda a nossa vida em Deus e desafiam-nos a sairmos de uma mediocridade que nos torna propensos a acolhermos a cultura laicista dominante".

Concluindo, o purpurado polonês fez um agradecimento final às comunidades cristãs sofredoras, as mais pobres ou privadas da liberdade religiosa. O Congresso expressou-lhes proximidade e amor, reiterando que a Igreja não as abandonou, mas, pelo contrário, as coloca numa posição privilegiada. (RL)







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