São José do Rio Preto, 02 set (RV) - Estamos vivendo numa crise muito grande
de sentido ou de vazio de objetivos. Por causa disto, a sociedade se apóia no ter,
tentando suprir as suas carências, levando as pessoas a uma perda da real dignidade,
do seu próprio ser. Não é este o caminho de realização de vida pretendida com qualidade
verdadeira.
Os Evangelhos falam do seguimento de Jesus Cristo como
caminho de sabedoria, com exigências sérias e determinadas, supondo inclusive renúncias
particulares. Aí está o sacrifício profundo do ter e a busca da dignidade pessoal
como condições para o bem.
A sabedoria divina, que traz uma felicidade
duradoura, supõe sempre atitudes de justiça e de equidade no relacionamento. Isto
exige abolição total da escravidão que humilha as pessoas e tomar compromisso de acolhimento
do ser humano com fatos concretos de fraternidade na convivência.
Muita
gente vai atrás de Jesus, mas são poucos os que o seguem realmente de fato. É impressionante
o número dos que se dizem “católicos não praticantes”. No seguimento de Jesus Cristo,
ele não é uma das opções na vida. Ele é a opção, a orientação de vida, “o caminho,
a verdade e a vida”.
O Evangelho é a orientação segura para o seguimento.
Os seus princípios envolvem toda a vida da pessoa e a desafia a sair do comodismo,
do anonimato e da anestesia da cultura de massa. O católico não praticante vive adormecido
e estéril.
A cultura do ter e do consumismo é uma tentativa da pessoa
ser aquilo que não é, fazendo dos shoppings verdadeiras catedrais do deus consumismo.
Com isto, o desapego dos bens materiais se torna muito mais difícil.
Não
basta não fazer o mal para ser seguidor do Mestre Jesus. É necessário ter superado
o egoísmo e a auto-suficiência, colocando o itinerário dos Mandamentos em primeiro
lugar, fazendo a vontade de Deus e não a nossa.
A palavra de Jesus
é desafiadora, que compromete as pessoas sem, contudo, tirar-lhes a liberdade. É caminho
de felicidade total, sem condicionamentos, dando sentido para a existência humana.