Bispos africanos em visita pela Europa debatem futuro dos Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio
(1/9/2010) Altos responsáveis da Igreja Católica em África vão avistar-se com líderes
europeus entre 7 e 18 de Setembro para debater o futuro dos Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio (ODM). A iniciativa, coordenada pelo /a> , inclui encontros a realizar em seis países entre uma comitiva
de bispos africanos, acompanhada por peritos, e dirigentes do Velho Continente. As
reuniões têm como objectivo debater a situação em África e redefinir as prioridades
ao nível dos esforços que podem ser feitos para combater a pobreza, antecipando a
assembleia de avaliação dos ODM que as Nações Unidas organizam em Nova Iorque de 20
a 22 de Setembro Segundo a /a> , plataforma internacional
de agências de desenvolvimento católicas, “a Igreja em África, muitas vezes o único
actor da sociedade civil capaz de chegar a comunidades remotas, garante serviços na
ausência de governos eficazes”. A delegação do episcopado africano pretende transmitir
relatos que reforcem a convicção de que a mudança positiva no continente pode acontecer. A
CIDSE defende que a ponderação destas experiências aquando da tomada de posições políticas
é crucial para ultrapassar dificuldades que impedem o desenvolvimento do continente
africano. A comissão inclui os bispos João Silota, de Moçambique, e Louis Portella-Mbuyu,
do Congo-Brazzaville, que tem defendido uma maior clareza na gestão das receitas de
petróleo como medida essencial para retirar da miséria a população de países ricos
em recursos naturais. A comitiva integra também especialistas da Igreja nas áreas
da Justiça, Paz e VIH-SIDA de países como a Nigéria, o Gana e o Benim. O programa
da deslocação prevê um encontro na sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas, a 15 de
Setembro, entre D. Louis Portella-Mbuyu e o Comissário Europeu para o Mercado Interno,
Michel Barnier. Na reunião vai ser analisada a falta de transparência das indústrias
de extracção em África, cujas receitas são mal redistribuídas, privilegiando sobretudo
as multinacionais e pequenas elites.