2010-08-26 12:51:49

BISPOS DOS EUA: ECONOMIA ATUAL PRECISA DE UM NOVO CONTRATO SOCIAL


Nova York, 26 ago (RV) - "A economia atual precisa de um novo contrato social" é o que afirma numa nota a Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) em vista do Labor Day (O Dia do Trabalho) que será celebrado no país em 6 de setembro próximo.

Mas o que é o Labor Day? Tudo começou com uma greve realizada em Chicago em 1° de maio de 1886. Indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX pagavam baixos salários e provocavam a deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores com jornadas de trabalho que chegavam a 17 horas por dia. Os trabalhadores não tinham férias, descanso semanal e nem aposentadoria. A polícia matou vários trabalhadores que protestavam pelos seus direitos.

Todos os anos esta data é lembrada nos EUA. A mensagem dos bispos para este ano, ressalta a importância de um novo contrato social que permita a criação de empregos, investimentos, iniciativas e criatividade no âmbito econômico.

O documento faz referência à Carta Encíclica "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII e os bispos estadunidenses fazem um paralelo dos desafios do mundo trabalhista atuais com os vividos na época da Revolução Industrial.

"Diante de milhões de desempregados os americanos devem buscar proteger a vida e a dignidade de todo trabalhador, numa economia renovada e resistente" – afirmam os bispos.

Os prelados citam a terceira Encíclica de Bento XVI Caritas in veritate, onde o Papa recorda a importância de colocar a pessoa humana no centro dos processos econômicos.

A nota dos bispos estadunidenses sublinha que a Igreja tem uma longa tradição em levar a luz do Evangelho às questões sociais, econômicas, políticas e culturais do momento. "Os trabalhadores devem ter voz e receber uma adequada proteção na vida econômica."

Os bispos sublinham na mensagem as prioridades: atuar políticas e iniciativas que reforcem a família, reduzir a pobreza e criar novos empregos retribuídos de maneira justa a fim de que os empregados possam expressar sua dignidade e responder ao chamado de Deus que nos quer todos co-criadores da sociedade.

Os prelados concluem a nota ressaltando que "é preciso estipular um novo contrato social que respeite o trabalho e os trabalhadores e que se concentre no bem comum de toda a família humana". (MJ)








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