2010-08-24 12:41:26

SAN SALVADOR: ARCEBISPO DEFENDE MEIO AMBIENTE


San Salvador, 24 ago (RV) – O arcebispo de San Salvador, Dom Luis Escobar Alas, no último domingo, em sua tradicional coletiva de imprensa após a Santa Missa, primeiro felicitou as autoridades pelas “recentes medidas para proteger o ambiente e as populações em risco de contaminação” e depois salientou a necessidade de “fazer justiça evitando que fatos graves passem sem interpelar a consciência de todos”.



O arcebispo se referia especificamente ao caso de uma indústria de baterias para carros, fechada em 2007, mas nunca desmontada, e praticamente abandonada, e da qual ainda saem substâncias poluentes perigosas, como o chumbo. O caso voltou à tona há poucos dias e na imprensa local aumentaram as expressões de “preocupação e alarme por parte das populações envolvidas e de muitas organizações locais”.



Por isso, o Ministério do Meio Ambiente decidiu criar “uma área de emergência ao redor da indústria abandonada”, medida que Dom Escobar Alas definiu “positiva e adequada”. “Esperamos, acrescentou ele, que não seja só boa vontade e que em seguida, se passe a ações concretas”.



De acordo com o arcebispo, hoje é preciso “aprofundar o caso” e pedir à “Justiça que se ocupe da questão” que atingiu pessoas muito humildes, cerca de 4 mil: “não é justo que se provoque um tal dano ao ambiente e, assim, à saúde das pessoas”. Agora, dentro de um raio de 1,5 km em torno da indústria localizada na cidade de San Juan Opico (40 km distante da capital de El Salvador) foi imposto uma espécie de toque de recolher para todos, que confirma que esta é uma área altamente perigosa para a saúde e para vida, como, recentemente, um estudo mostrou norte-americano da EPA, a Agência de Proteção Ambiental, segundo o qual em alguns lugares os “níveis de contaminação de chumbo são assustadores”. As primeiras reações da população interessada, que supera os 35 mil habitantes, foram de grande satisfação pelas palavras do arcebispo. Dom Escobar Alas disse que acompanha muito perto a questão e que os seus párocos a “vêem como de fundamental importância humana e pastoral”. (SP)








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