2010-08-21 14:26:47

IGREJA NA ÁFRICA DO SUL FALA SOBRE GREVE


Johanesburgo, 21 ago (RV) - Corre o risco de desembocar em um protesto geral a greve dos trabalhadores do setor público que está bloqueando a África do Sul. Quase meio milhão de manifestantes saiu às ruas na quinta-feira em Johanesburgo, exigindo melhorias salariais. Durante o evento, houve momentos de tensão com a polícia, que continua a patrulhar escolas e hospitais. Em um comunicado, os bispos africanos, embora reconhecendo o direito à greve, expressam ressentimento pelo comportamento desumano dos manifestantes, que impediram o acesso aos hospitais aos médicos e aos pacientes, e aos institutos de ensino, aos professores e estudantes. Os bispos pediram ainda aos trabalhadores em greve que considerem seriamente a condição dos pobres, fracos, doentes e jovens, que estão lutando desesperadamente por uma vida melhor.

Sobre o motivo dos protestos a Rádio Vaticano conversou com a especialista em África do Sul, Laura Mezzanotte, que afirmou que “a greve poderá ser o catalisador de um protesto popular e social muito maior, principalmente em áreas pobres, onde as pessoas há por muito tempo estão protestando contra a falta de serviços e pelas promessas vazias; portanto os pedidos de água, casa e serviços que não foram atendidos, poderiam unir-se politicamente a esta greve, que aparentemente é uma greve salarial, mas que na realidade tem como pano de fundo, uma mensagem específica ao Presidente Zuma, uma espécie de cobrança eleitoral, porque o sindicato no momento da eleição de Zuma, foi um dos seus grandes eleitores e agora, está cobrando a realização das suas promessas”. (SP)







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