ARCEBISPO DE WESTMINSTER DEDICA ARTIGO À VISITA DE BENTO XVI
Cidade do Vaticano 21 ago (RV) - O Arcebispo de Westminster e Presidente da
Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, Dom Vincent Nichols, escreveu um artigo
em vista da próxima visita do Papa Bento XVI ao Reino Unido, no próximo mês de setembro.
No texto o prelado destaca que o Santo Padre permitirá que muitos entendam que “a
fé em Deus não é um problema a ser resolvido, mas um dom que deve ser redescoberto”.
No
artigo publicado pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano, com o título do lema da
visita “O coração fala ao coração”, Dom Vincent Nichols comenta que “esperamos que
a presença iluminadora e as palavras de Bento XVI ajudem muitas pessoas em nossas
terras a compreenderem que a fé em Deus não é um problema a ser resolvido, mas um
dom que deve ser redescoberto. Para muitas pessoas em nossa sociedade a fé se converteu
em um problema, em algo que deve ser escondido ou excluído da vida pública”.
Entretanto,
o prelado explica: “a verdade é muito distinta: a fé em Deus traz grande riqueza e
alegria aos homens. É a liberação e a guia que procuramos, motivo de inspiração e
perseverança, fonte de perdão e compaixão”.
Dom Nichols afirma em seguida que
“a visita de Bento XVI é, sem dúvida, um evento histórico. O convite foi feito por
sua majestade a Rainha Elisabeth II. E será ela mesma quem receberá o Papa na sua
chegada, no dia 16 de setembro em Edimburgo. Esta visita marca, além do mais, uma
nova fase na longa e complexa história das relações entre os monarcas desta terra
e o papado”.
A visita do Santo Padre - prossegue o artigo -, tem início com
um evento que celebra o papel da educação católica no país: “Bento XVI poderá dirigir-se
a cada escola de todo o território, graças a uma conexão via Internet e convidará
as crianças, onde quer que elas se encontrem, a seguir os eventos de sua visita e
a apoiá-lo com suas orações”, escreveu Arcebispo de Westminster.
O evento principal
ressaltou Dom Nichols, será a beatificação do Cardeal John Henry Newman que foi “um
estudioso de grande profundidade, um escritor e poeta de méritos admiráveis, um sacerdote
de paróquia muito querido por todos os que o conheceram. Era um homem que entendia
que a mente e o coração devem andar juntos nos grandes eventos da vida”.
O
Cardeal Newman, conclui o Arcebispo de Westminster, “falava e escrevia com eloquência
sobre a busca interior pessoal e sobre a alegria que esta traz. Expressava o vazio
da vida sem Deus com estas palavras: “se olhasse um espelho e não visse meu rosto,
provaria o mesmo tipo de sentimento que, efetivamente, se apodera de mim cada vez
que examino este mundo frenético e não vejo o reflexo do seu Criador’”. (SP)