2010-08-19 19:30:43

PAQUISTÃO: É PRECISO COMBATER AS CHEIAS ANTES DA CHEGADA DO FRIO


Islamabad, 19 ago (RV) - "A situação provocada pelas cheias no Paquistão deve ser resolvida antes da chegada do frio, em outubro": foi o que disse um membro da presidência do Instituto Teológico para os Leigos do Paquistão, Pe. Emmanuele Asi, referindo-se às inundações que se abateram sobre o país nos últimos dias, com consequências dramáticas.



Em entrevista concedida à assessoria de imprensa das Pontifícias Obras Missionárias (PP.OO.MM.) que têm sua sede em Munique, Alemanha, o sacerdote afirma que a Igreja deve "agir de modo preciso e rápido", já que "quando o frio chegar, se as pessoas não tiverem um abrigo e roupas pesadas, a situação vai piorar ainda mais".



Quase 20 milhões de pessoas foram atingidas pelas inundações, de acordo com dados difundidos pelas Nações Unidas (Onu), deixando um rastro de destruição que atravessa o Paquistão, varrido pela força das águas.



Em declarações difundidas pela agência missionária de notícias FIDES, Pe. Emmanuele Asi sublinha a importância de se "criar pequenas equipes de médicos e sacerdotes", para se ocuparem principalmente de mulheres e crianças.



Ele acrescenta que, "em colaboração com as PP.OO.MM." vão colocar à disposição "uniformes escolares e material didático para as crianças".



Muitas famílias paquistanesas perderam quase tudo com as cheias e a Igreja pretende que, pelo menos as crianças, não percam o acesso à educação.



Mesquitas e igrejas abriram suas portas para alojar as vítimas, em contraste com o governo, já que "nenhum edifício estatal as acolhe", lamenta o sacerdote. Ele explica este comportamento do governo, alegando que as autoridades temem dar abrigo aos desalojados e depois ter que fornecer a eles medicamentos e alimentação por muito tempo, o que seria praticamente impossível.



Desde que as chuvas começaram a cair, há cerca de duas semanas, em torno de 1.600 pessoas já perderam a vida, no Paquistão. A catástrofe natural também já desalojou cerca de dois milhões de paquistaneses.



As crianças são os elementos mais vulneráveis. Os dados da Onu indicam que seis milhões foram atingidas pelas águas, e pelo menos metade dessas crianças correm o risco de contraírem doenças como a diarreia, cólera e disenteria. (AF)








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