DIA MUNDIAL HUMANITÁRIO EM MEMÓRIA DO ATAQUE QUE VITIMOU SÉRGIO VIEIRA DE MELLO

Nova York, 19 ago (RV) - As Nações Unidas celebram, nesta quinta-feira, o Dia Mundial Humanitário instituído pelas Nações Unidas em memória do ataque que, em 19 de agosto de 2003, vitimou 22 funcionários da Onu, em Bagdá, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, segundo se lê no site do Itamaraty /a>



O Brasil foi um dos principais proponentes da criação do Dia Mundial Humanitário, que visa a prestar homenagem àqueles que perderam suas vidas na promoção da paz e da mitigação do sofrimento humano. O incremento da segurança do pessoal humanitário deve estar no centro das preocupações da comunidade internacional.



A data homenageia não só funcionários da Onu que servem em missões, mas também todos os trabalhadores de agências humanitárias em várias partes do mundo.



O secretário-geral da Onu, Ban Ki-moon, em sua mensagem por ocasião do evento, lembra os funcionários da organização que morreram trabalhando nas missões e as vítimas do terremoto ocorrido em 12 de janeiro passado, no Haiti.



Ban Ki-moon ressalta que o agente humanitário representa o que há de melhor na natureza humana. "Eles são os enviados da solidariedade, mas o trabalho deles não está livre dos perigos" – frisa o secretário-geral da Onu, recordando que muitos agentes humanitários se deparam com ameaças e até assassinatos no exercício de suas funções.



A Onu está marcando o Dia Mundial Humanitário com uma série de comemorações na sede em Nova York e nos demais escritórios da organização por todo o mundo.



O sobrinho de Vieira de Mello, André Simões, disse à Rádio Onu, no Rio de Janeiro, que a lembrança de todos os trabalhadores humanitários é mais que merecida.



"Trabalhadores humanitários são heróis desconhecidos. É muito bonito você ajudar uma pessoa que você não conhece, nunca viu, nem a sua língua ela fala. E você arrisca sua vida para fazer isso. Eles têm de ser homenageados e reconhecidos. É muito importante e merecido. E também para todos aqueles que perderam a vida na causa humanitária." (ONU)