2010-08-19 20:40:02

BENTO XVI: DEUS JAMAIS SE DESENCORAJA NO AMOR


Cidade do Vaticano, 19 ago (RV) - A liturgia desta quinta-feira nos apresenta no Evangelho a parábola do banquete nupcial. Parábola que o Papa comentou em várias ocasiões.

Deus, a cada dia, convida-nos a entrarmos em seu amor, a única coisa necessária. Em suas catequeses, Bento XVI exorta-nos a cultivarmos, todos os dias, a união com o Senhor.

Na parábola do banquete nupcial, o rei chama os convidados, mas estes respondem com uma rejeição, porque estão muito ocupados:

"O rei, porém, não se desencoraja e convida os seus servos a buscarem outros comensais para encher a sala de seu banquete. Assim, a rejeição dos primeiros tem como efeito a extensão do convite a todos, com uma predileção especial pelos pobres e os deserdados. Foi o que se deu no Mistério pascal: o grande poder do mal é derrotado pela onipotência do amor de Deus. O Senhor ressuscitado pode convidar todos ao banquete da alegria pascal, dando ele mesmo aos comensais a veste nupcial, símbolo do dom gratuito da graça santificante." (Homilia, 12 de outubro de 2008)

Entre os convidados, isto é, entre os que seguem Deus, há, porém, um homem que não usa a veste nupcial e o rei o faz jogar nas trevas. Mas qual é a veste que lhe falta?

"Infelizmente, falta a veste do amor... entre os seus hóspedes aos quais havia dado a veste nova, a veste cândida do renascimento. O rei encontra alguns que não usam a veste cor púrpura do dúplice amor para com Deus e para com o próximo. Em qual condição queremos nos aproximar da festa do céu, se não usamos a veste nupcial – isto é, o amor, o único que poder tornar-nos bonitos?... Uma pessoa sem amor é sombria por dentro. As trevas da cegueira das quais fala o Evangelho são o reflexo da cegueira interna do coração." (Homilia, 5 de abril de 2007)

De fato, não basta dizer-se cristão para salvar-se:

"Portanto, não bastará declarar-se "amigos" de Cristo, evocando falsos méritos: "Nós comíamos e bebíamos em tua presença, e tu ensinaste em nossas praças" (Lc 13, 26). A verdadeira amizade com Jesus se expressa no modo de viver: expressa-se com a bondade do coração, com a humildade, a mansidão e a misericórdia, o amor pela justiça e a verdade, o compromisso sincero e honesto com a paz e a reconciliação. Podemos dizer que essa é a "carta de identidade" que nos qualifica como seus autênticos "amigos"; esse é o "passaporte" que nos permitirá entrar na vida eterna." (Angelus, 26 de agosto de 2007) (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.