BISPOS CONGOLESES PEDEM NOVO COMPROMISSO SOCIAL

Kinshasa, 18 ago (RV) - "Refletindo sobre a nossa existência com um espírito de fé, como fez a Virgem Maria, nos será possível percorrer caminhos que nos levam a uma adesão renovada a Deus e ao seu desígnio de amor": é o que afirmam os bispos da República Democrática do Congo na mensagem por ocasião dos 50 anos de Independência do país, intitulada "Avance para águas mais profundas, e lance as redes para a pesca", frase extraída do Evangelho de São Lucas 5, 4.



Em 15 de agosto de 1960 quando foi conquistada a independência, a República Democrática do Congo foi consagrada a Nossa Senhora da Assunção pelo presidente Fulbert Youlou. "A iniciativa, explicam os bispos na mensagem, revela as raízes cristãs do país construído sobre os valores do Evangelho. E se o Congo viveu, em alguns períodos de seus 50 anos de independência, longos e dolorosos anos de guerra, para os bispos chegou o momento de afirmar nunca mais a guerra, pedir perdão a Deus, se perdoar reciprocamente e combater a corrupção, fraudes e concussão.



Os prelados ressaltam que estão cada vez mais preocupados com os problemas sociais que afligem a África e evidenciam na mensagem a falta de serviços de saúde, assistência médica e a escassa educação social.



"Incentivamos todos os esforços em favor da melhoria das escolas, dos hospitais e de tudo aquilo que possa melhorar a vida de nosso povo. A Igreja trabalha nesse campo já bem antes de ser proclamada a independência do país e deseja continuar colaborando com o Estado no campo da educação e da saúde pública. A verdadeira paz, aquela que Jesus nos deixou, se baseia na justiça, no amor e na reconciliação" – prosseguem os bispos na mensagem, recordando que a Doutrina Social da Igreja oferece diretrizes em favor da promoção da verdade, da liberdade, da solidariedade, do respeito pela vida e do bem comum.



Os bispos congoleses exortam a avançar para águas mais profundas, porque Deus nos doa liberdade de coração e de espírito, a capacidade de mudar as coisas e ajudar o país a crescer na paz. (MJ)