2010-08-14 13:41:38

EDITORIAL


Cidade do Vaticano, 15 ago (RV) - No nosso comentário de hoje gostaríamos de chamar a atenção para o que está ocorrendo nestes dias no mundo: das tragédias das inundações no Paquistão, Índia, China, à falta de chuva e forte calor que causam incêndios intermináveis na Rússia, só para citar alguns exemplos. Nos vem em mente mais uma vez a fragilidade do ser humano, a fragilidade da vida.



Em uma de suas propostas de contemplação no seu livro “Exercícios Espirituais”, Inácio de Loyola, ao falar da encarnação do Verbo, indica ao seu leitor imaginar Deus olhando o mundo em sua atualidade. Sugere ver pessoas nascendo, outras morrendo, umas se casando, outras buscando emprego, algumas doentes, outras agredindo, povos em progresso, povos em guerra, amigos celebrando, casais se conflitando e aí vai.



Acrescentamos pessoas perseguidas por causa de sua religião, pessoas excluídas por causa de sua raça, pessoas incluídas por sua inteligência, pessoas alegre, pessoas drogadas, pessoas felizes e pessoas infelizes, pessoas morando na rua e comendo o que encontra no lixo e pessoas morando em palacetes luxuosos e se baqueteando, pessoas sem ter aonde ir e pessoas com várias propriedades, pessoas com doutorado e pessoas analfabetas, doenças complicadas sendo tratadas com êxito e doenças simples voltando, esse é o nosso mundo, o nosso século XXI, mais de quarenta anos depois da chegada do homem à lua.



Ao mesmo tempo o noticiário e mais ainda o obituário, nos fazem manter presente a brevidade desta vida, sua impressionate finitude. O próprio tempo, marcado pelo ritmo do ano civil, se esvai de maneira absurdamente rápida. Chegamos à conclusão de que a vida é curta, é frágil!



Que fazer, como aproveitar a vida, como usufruir os dons que a natureza nos deu? Dons intelectuais, físicos, psíquicos, materiais, dons!



Nesta primeira quinzena de agosto, o calendário religioso nos brindou com vidas de homens e mulheres, de vários séculos, de diversas idades e culturas e de ambos os sexos, que foram excepcionais em seu modo de usufruir os dons, de viver, não armazenando riquezas efêmeras, mas distribuindo amor, a riqueza maior. De tal modo chegaram à realização de suas vidas que morreram felizes, não sem sofrimentos, mas conscientemente realizados, “foram pessoas que conduziram e não foram conduzidas”, foram pessoas que amaram e que se deixaram amar por Deus.



Acreditamos que a receita da felicidade continua sendo a proposta por Miquéias: “Foi-te, anunciado, ó homem, o que é bom, e o que Iahweh exige de ti; nada mais do que praticar o direito, gostar do amor e caminhar humildemente com o teu Deus!” (CAS) RealAudioMP3








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