2010-08-13 11:29:20

Em Angola, oito anos depois da guerra civil, as minas continuam a matar


Em Angola, oito anos após o termo da guerra civil, as minas continuam a provocar vítimas mortais. Nos últimos quatro anos registaram-se 166 mortos e mais de 300 feridos devido a esta trágica herança do longo conflito que devastou o país de 1975 até 2002.
Estes dados constam de um Relatório recentemente difundido pela Comissão nacional (angolana) para o desminamento e a assistência humanitária, citado ontem pela agência internacional das Congregações Missionárias, MISNA.

Desde o fim da guerra, as autoridades angolanas realizaram enormes despesas para bonificar o território, preparando para acolher as infra-estruturas essenciais como pontes e estradas. Ainda assim, Angola permanece, segundo uma lista estabelecida pelas Nações Unidas, o país do mundo mais afectado pelas minas, logo a seguir ao Afganistão. Estes perigosos engenhos bélicos continuam disseminados em muitas zonas angolanas, tornando extremamente perigosa a actividade agrícola ou mesmo o simples trânsito local.

O governo de Luanda destinou oito milhões de dólares para a assistência das vítimas das minas, no biénio 2010-2011. Segundo os dados fornecidos pela Comissão, 77 % das pessoas mutiladas pelas minas têm idades que variam entre os 15 e os 44 anos. 68 % destes são homens que ficaram gravemente feridos quando prestavam o serviço militar ou no momento em que se encontravam ao volante de algum veículo.










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