Cairo, 12 ago (RV) – Começou nesta quarta-feira, 11 de agosto, o mês do Ramadã,
o período sagrado para os muçulmanos, durante o qual o jejum é obrigatório. A primeira
refeição do dia deve ser feita antes do sol nascer e a segunda e última depois do
pôr do sol. Segundo um jornal egípcio, o "al-Gomohouriya", a prática será difícil
este ano, em razão do forte calor, dos cortes de eletricidade, dos altos preços e
da dificuldade de locomoção agravada por todos esses fatores.
O Ramadã
– que constitui um dos cinco pilares do Islã – teve início no Egito, Arábia Saudita,
Indonésia, Emirados Árabes, Jordânia, Síria e territórios palestinos. Também a Argélia,
Tunísia, Líbia, Afeganistão, Malásia e Cingapura começaram ontem o jejum.
Já
os xiitas no Irã e no Iraque devem começá-lo hoje, como também a Índia e o Paquistão,
que esperam ver a lua crescente para marcar o início do nono mês do calendário lunar,
que eles seguem.
O jejum é obrigatório para todos os muçulmanos que
chegam à puberdade. A primeira vez em que um jovem é autorizado a jejuar pelos pais
constitui um momento importante na sua vida e um marco simbólico de passagem para
a vida adulta.
O Ramadã comemora a revelação do Alcorão ao profeta
Maomé, por parte do Arcanjo Gabriel. Este é, para os muçulmanos, um período de renovação
da fé, de prática mais intensa da caridade e de vivência profunda da fraternidade
e dos valores da vida familiar.
O rei da Arábia Saudita, Abdallah,
convocou os muçulmanos a procurarem a misericórdia divina. Em Gaza, o movimento extremista
Hamas, que controla o território palestino, libertou, num gesto de clemência, 100
detentos membros do movimento rival, al Fatah. (ED)