2010-08-12 11:48:44

HAITI: CORRUPÇÃO DIFICULTA RECONSTRUÇÃO


Porto Príncipe, 12 ago (RV) - Seis meses depois do sismo de 12 de janeiro, o Núncio Apostólico no Haiti, Arcebispo Bernardito Auza, alertou para a dramática situação que ainda se vive no país.
“Um caos: pessoas traumatizadas, comunidades de fiéis dispersas e mais de metade das igrejas destruídas” – indica o Núncio, em entrevista à organização católica internacional “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS).

Depois do tremor que deixou mais de 200 mil mortos e milhares de desalojados, “as pessoas estão divididas em campos de acolhimento e áreas rurais. Algumas vieram à cidade em busca de trabalho”.

Sobre a obra de reconstrução do país, Dom Auza cita que é preciso paciência, visto o grau de destruição provocado pelo sismo. "O terremoto atingiu um dos países mais pobres do Ocidente, onde as infra-estruturas já eram escassas: edifícios e Ministérios estão destruídos; e isso gera lenteza e o mal-funcionamento da Administração pública".

Muitas organizações de ajuda que atuam no Haiti concordam com esta avaliação. Sabe-se que a corrupção é muito extensa no país e a mentalidade que a promove continua dominante depois do terremoto, freando a reconstrução. O Arcebispo Auza acredita que a educação e a formação poderiam ajudar a superá-la, pois para a Igreja, elas são a chave para o desenvolvimento do Haiti.

Em relação à Igreja, o Núncio aponta como prioridade máxima a reconstrução das paróquias, escolas, templos, seminários, instituições de caridade e casas religiosas de várias ordens. Na capital haitiana, mais de metade das paróquias estão parcial ou totalmente destruídas, o que impede a atividade pastoral normal.

Dom Bernardito Auza agradece a AIS, que já arrecadou 4 milhões de euros em donativos, visando a reconstrução de igrejas, capelas e seminários, e o investimento em programas de educação e formação no país. (CM)







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