Cidade do Vaticano, 08 ago (RV) - A leitura do Livro da Sabedoria nos fala
da sábia ação do Senhor na vida de Seu Povo.
Deus se colocou ao lado
dos oprimidos. A ajuda e o apoio mútuos, realizados pelo povo, e também a partilha
das alegrias e dos sofrimentos deram expressão concreta à solidariedade. Deus os libertou
através da solidariedade. A solidariedade iluminou e ilumina a noite da libertação!
O
Evangelho, falando tanto em vigília, nos faz perguntar que seria vigilar? De acordo
com ele, vigilar ou vigiar é sentir-se responsável pelo Reino e servir a Comunidade,
em tudo aquilo que ela precisar e estiver dentro de nossos dons.
Perguntamo-nos
também, vigiar para quê? E a resposta é clara: vigiar para que o Reino de Deus se
relize. Esse Reino que é comparado a um banquete e a uma grande festa.
Portanto,
nossa expectativa está dirigida à realização de algo maravilhoso. Preparamo-nos para
a grande e eterna festa oferecida por Deus, através de nossos atos solidários e fraternos.
A
segunda leitura, tirada da Carta aos Hebreus, nos apresenta dois modelos de vigilantes:
Abraão e Sara. Para eles não existem absurdos. Eles foram modelos de fé em Deus. Apesar
das aparentes contradições entre o que se passava na vida deles e o que Deus dizia,
optaram por acreditar e confiar em Deus.
Abraão e Sara só tiveram um
filho e não uma multidão como falava a promessa. Nem habitaram a terra prometida como
lhes havia sido dito, mas viveram como peregrinos, morando em países estrangeiros.
Só setecentos anos mais tarde seus descendentes se estabeleceram na
terra prometida.
Abraão e Sara só viram um pequeno sinal do que havia
sido prometido e, no entanto, acreditaram.
Também nós, colocando-nos
a serviço do Reino, na partilha e na fraternidade, aguardamos a realização das promessas
de libertação e de paz, mesmo que vez ou outra só vejamos fiapos da plenitude que
virá.
A fé sustenta a perseverança e esta dá expressão à fé. (CAS)