2010-08-08 12:28:19

A esperança e o amor desinteressado de que os santos são modelo: na alocução do Papa ao meio-dia, em Castelgandolfo, antes do Angelus dominical


(8/8/2010) Um apelo a viver na esperança que se fundamenta em Deus e seguindo a lógica do amor, a exemplo dos santos que comemoramos nestes dias – esta a mensagem de Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, por ocasião do Angelus, em Castelgandolfo. Partindo, como habitualmente, do Evangelho do dia, o Santo Padre comentou “as palavras de Jesus sobre o valor da pessoa aos olhos de Deus e sobre a inutilidade das preocupações terrenas”, logo advertindo que “não se trata de um elogio do desinteresse e de um menos empenho”, pelo contrário:
“Escutando o convite tranquilizador de Jesus ‘Não temais, pequeno rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino’, o nosso coração abre-se a uma esperança que ilumina e anima a existência concreta: temos a certeza de que o Evangelho não é apenas uma comunicação de coisas que se podem saber, mas é uma comunicação que produz factos e transforma a vida. A porta obscura do tempo, do futuro, encontra-se aberta de par em par. Quem tem esperança vive de um modo diferente; foi-lhe dada uma vida nova”.

A Carta aos Hebreus (segunda leitura da Missa) apresenta a figura de Abraão, que avança com coração confiante em direcção à esperança que Deus lhe abre… E Jesus, no Evangelho, através de três parábolas, ilustra como o facto de aguardar a realização da ‘jubilosa esperança’, a sua vinda deve impulsionar ainda mais a uma vida intensa, cheia de boas obras…
“É um convite a usar as coisas sem egoísmo, sede de posse ou de domínio, mas segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção ao outro, a lógica do amor: como escreve sinteticamente Romano Guardini, ‘na forma de uma relação: a partir de Deus, em vista de Deus’.”

Foi na segunda parte da sua alocução que Bento XVI se referiu aos santos comemorados nestes dias, e que, precisamente, souberam viver a sua vida a partir de Deus e em vista de Deus: neste domingo, 8 de Agosto, são Domingos, do século XIII; quarta, 11, santa Clara, seu contemporâneo; já a 10 de Agosto, são Lourenço, mártir do século III; e finalmente, dois outros mártires do século XX que partilharam o mesmo destino em Auschwitz:
“A 9 de Agosto recordaremos a santa carmelita Teresa Benta da Cruz, Edith Stein, e no dia 14 o padre franciscano Maximiliano Maria Kolbe, fundador da Milícia de Maria Imaculada. Ambos atravessaram o obscuro período da II Guerra Mundial, sem nunca perder de vista a esperança, o Deus da vida e do amor”.








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