Cidade do Vaticano, 07 ago (RV) - Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo
de Jesus, Ele queria que o menino tivesse uma referência de família, aqui na terra;
e uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai eterno dá à família e à
figura do pai. José, da casa de Davi, não foi escolhido somente por isto. Ele tinha
todas as qualidades para ser o pai de Jesus: homem temente a Deus, honesto, trabalhador,
digno, carinhoso, extremamente religioso que colocava somente à sua confiança em Deus.
Assumiu a situação mesmo antes de compreendê-la realmente, porque amava Maria com
muito amor, respeito e sentimento de proteção.
O pai é importante na família
porque seu exemplo, seu carinho, seu modo de ser vão influir grandemente na formação
do caráter dos filhos.
Sabemos que há pais descompromissados, que abandonam
esposa e filhos, sem contribuir com o seu amor, com o seu bom exemplo, com a sua responsabilidade.
Mas
estamos falando não apenas do pai biológico, mas daquele pai amoroso, espelho do Pai
do Céu, que gera, cria, educa, ama, ensina, está sempre presente na vida do filho.
Deus
nos dá o Espírito Santo para que saibamos vencer os obstáculos que o mundo nos apresenta
e que aparecem também quando não temos bons exemplos dentro do lar. Mas um pai afetuoso,
enérgico, cuidadoso e honrado traz a presença do Espírito Santo na sua família porque
ele é o amparo e a proteção de que a família necessita.
No mundo atual, cheio
de consumismo, a mãe se vê na contingência de trabalhar fora para ajudar nas despesas
da casa. Entretanto, a proteção, não a proteção financeira somente, mas a proteção
moral, o apoio, a mão estendida do pai são imprescindíveis na vida de todo ser humano.
Hoje
é difícil ser um verdadeiro pai. A sociedade tem valorizado muito pouco a família.
Os pais, na ânsia de poder e riqueza, ou no afã de ganhar a vida para o sustento da
família, se esquecem do sustento espiritual, do bom exemplo, do companheirismo, da
austeridade, que, às vezes se fazem necessários. Poucos são os pais que realmente
dão uma educação viva e atuante no campo da fé aos seus filhos, dando o exemplo da
participação dominical da missa e da vivência dos sacramentos. Os discursos emocionam,
mas os exemplos dos pais carregam os filhos para o seio da vida comunitária, eclesial
e religiosa da Igreja.
Que Deus abençoe os pais não apenas no dia que lhes
é consagrado, mas em todos os dias de sua existência e os faça mudar a realidade,
trazendo seus filhos para uma vida responsável e digna. Desta forma, os pais de amanhã
serão mais presentes e o mundo será melhor. Que São José, pai nutrício de Jesus Cristo,
abençoe a todos os nossos pais!