2010-08-06 13:29:35

ÍNDIA: DIGNIDADE AOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS


Nova Délhi, 06 ago (RV) – Na Índia mais de dois milhões de trabalhadores domésticos, cujos direitos são pisoteados desde sempre, melhoraram as suas condições de vida graças ao Movimento Nacional dos Trabalhadores Domésticos (Ndwm). O Movimento foi fundado em 1985 pela irmã Jeane Devos, religiosa belga da Congregação das Irmãs Missionárias do Coração Imaculado de Maria, e está ligado à Comissão para o trabalho da Conferência Episcopal Indiana.

“Rompemos um muro de silêncio, de escravidão e de exploração, afirma a irmã Devos. O nosso Movimento cresceu e podemos mudar a situação dos trabalhadores domésticos através da solidariedade, da dignidade, da justiça e da responsabilização”. O Movimento nacional dos trabalhadores domésticos está presente em 23 Estados da Índia com 53 sedes e luta pelo reconhecimento e a proteção dos direitos dos trabalhadores domésticos.

Para o Arcebispo de Patna, Dom William D’Souza, graças ao Movimento foram dados passos avante “na criação de uma sociedade justa onde os trabalhadores domésticos são tratados com dignidade, como pessoas, os seus direitos são defendidos, a sua contribuição à economia e ao desenvolvimento é reconhecida e as suas vozes são ouvidas”.

Na Índia a situação dos trabalhadores domésticos é dramática, como testemunha Seetha Lakshmi, que trabalha em uma casa na região de Tamil Nadu: “Pagaram-me sempre 50 rúpias ao mês (menos de 2 reais) e nunca fui tratada como um ser humano. Chorava todos os dias. Em 1992 ouvi falar do Movimento, e me dirigi a eles e falamos de salário, horas de trabalho, dias de repouso. Quando eu falei ao meu patrão sobre esse movimento, a minha situação melhorou”.

Com a ajuda desse Movimento, a Organização Internacional do Trabalho, OIT está tomando medidas para estabelecer os standards de tratamento para os trabalhadores domésticos. “Conseguimos grandes coisas para os trabalhadores domésticos – declara irmã Devos – e continuaremos a mover-nos com a fé em Deus e no Espírito que guia esse movimento”. (SP)







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