Antequera Oaxaca, 06 ago (RV) - Reunidos entre os dias 3 e 4 de Agosto para
encerrar o Ano do Sacerdote convocado pelo Santo Padre Bento XVI, o Presbitério da
Arquidiocese de Antequera Oaxaca, México, através de uma carta aos fiéis afirma que,
“valorizando o sacerdócio de Jesus Cristo agradece-O como um dom à sua Igreja, na
pessoa daqueles que foram chamados por Ele a exercer o sacerdócio em prol da comunidade
cristã. Especialmente dá graças a Deus por tê-lo concedido ao Padre Carlos Salvador
Wotto durante seus 57 anos de ministério, assassinado na semana passada.
“Enche-nos
de dor e indignação o seu covarde assassinato na quarta-feira dia 28 de julho passado
perpetrado por pessoas ainda desconhecidas, pois se trata de um irmão de 82 anos e,
portanto, sem a possibilidade de se defender e por ser um ministro sagrado dedicado
inteiramente ao serviço da comunidade cristã”, destaca a Aquidiocese.
Como
Igreja Católica, - continua a carta - presente em todo o mundo, exigimos das autoridades
competentes uma investigação adequada para que a justiça seja feita rapidamente e
de forma imediata, como deve ser, no caso de qualquer cidadão pelo simples fato de
ser pessoa humana.
Acreditamos também que a morte violenta é a expressão clara
da deterioração social que a sociedade de Oaxaca vem experimentando, devido à perda
de valores humanos e cristãos, pois à medida que o homem se afasta de Deus se torna
o lobo do homem, por isso urge derrotar a podridão à qual nos levou a corrupção e
a impunidade e assim restabelecer a justiça, a desejada paz e o bem-estar de nossas
famílias de Oaxaca, de modo que se consiga a reconciliação e com ela uma convivência
social saudável .
Acreditamos que devemos proceder como fez Jesus na cruz,
perdoando seus agressores injustos. Pedimos a Deus para dar-lhes não só o autêntico
e devido arrependimento, mas também a necessária conversão; às autoridades, a compreensão
e habilidade necessárias para resolver este e outros casos que diariamente se apresentam.
Esperamos o interesse empenho para garantir a imparcialidade da justiça e que esse
lamentável fato não fique impune, como o caso do padre Andrew Mauro Ortiz Carreno,
assassinado em 6 de maio de 1998. (SP)