São José do Rio Preto, 04 ago (RV) - A vida é o grande tesouro para todas as
pessoas. Ela deve coincidir com as inspirações que brotam do coração, com aquilo que
identifica a realidade de cada ser humano criado para o bem e a felicidade.
O
tesouro da vida é fruto de vigilância constante. Isto acontece no correto uso que
fazemos dos bens da natureza e do valor que damos a todos eles. Aí reinam a justiça,
a fraternidade e a esperança.
Na busca do verdadeiro tesouro temos que descobrir
o que vem em primeiro lugar, o valor que conta e que dá sentido pleno para a vida.
É a presença da partilha como gesto de desprendimento solidário.
Não são as
riquezas materiais e o acúmulo de bens que significam tesouro. Neles pode estar a
atitude de egoísmo, como diz Jesus: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso
coração” (Lc 12, 34).
O grande tesouro é ter a sabedoria do Reino de Deus,
que faz história em cada um de nós. É questão de fé, podendo nos dar os fundamentos
do que esperamos. Não é um tesouro passageiro, vazio, mas de eternidade.
O
desprendimento de bens passageiros nos ajuda a concentrar nossa atenção nas realidades
duradouras, naquilo que constitui sentido para a existência humana. Assim construiremos
um tesouro que não termina na terra.
Podemos até concluir nosso pensamento
dizendo que, quem tem a Deus como tesouro, nada lhe falta. Ele é o tesouro duradouro,
que nos leva a construir uma sociedade totalmente nova. O Reino de Deus é o caminho
da verdadeira felicidade.
Esse Reino está presente no “sim” que damos quando
tomamos decisões conscientes e responsáveis. Nas eleições deste ano, por exemplo,
é importante o envolvimento das prioridades da sociedade, a luta por uma democracia
sustentável.
No voto responsável devem estar os critérios de compromisso cristão,
um país mais justo e preocupado com o bem comum e com a dignidade de seu povo. Isto
só acontece na escolha de políticos honestos e comprometidos com a cultura da vida.
Dom
Paulo Mendes Peixoto Bispo de São José do Rio Preto.