Cidade do Vaticano, 03 ago (RV) - O prefeito da Congregação para o Culto Divino
e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, afirmou, nesta
segunda-feira, que normas que não protegem a vida ou vão contra ela, "não são respeitáveis"
e são contrárias à democracia.
A declaração do purpurado – arcebispo emérito
da cidade espanhola de Toledo – foi divulgada pelo jornal vaticano "L'Osservatore
Romano" e se refere à nova lei sobre o aborto na Espanha.
O cardeal enfatiza
que "quem nega o direito à vida é contrário à democracia e leva a sociedade ao desastre"
e que "não tardará o momento em que nos envergonharemos do aborto, assim como já nos
envergonhamos da escravidão".
Outros expoentes da Igreja manifestaram-se contra
a lei que permite a interrupção da gestação em mulheres maiores de 16 anos até a 14ª
semana de gravidez, e até a 22ª quando houver risco grave para a mãe ou anomalias
no feto.
Na semana passada, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida,
Mons. Ignacio Carrasco de Paula, declarou que a medida aprovada na Espanha era "insensata".
(AF)