DOM CYRIL VASIL FALA SOBRE SÍNODO DO ORIENTE MÉDIO
Cidade do Vaticano, 30 jul (RV) - A Assembleia Especial para o Oriente Médio
do Sínodo dos Bispos se realizará em outubro próximo, no Vaticano.
O
secretário da Congregação para as Igrejas Orientais, Dom Cyril Vasil, falando acerca
do Sínodo, afirmou que o organismo recebeu do Papa o mandato de favorecer o crescimento
das Igrejas Católicas de rito oriental.
Segundo o arcebispo, são muitos
os desafios enfrentados pelos cristãos no Oriente Médio que muitas vezes são perseguidos
e reprimidos culturalmente e socialmente, discriminados também no campo civil e político.
"Uma história longa e dolorosa que gerou preconceitos e discriminações. A única diferença
é que hoje os problemas são percebidos pela opinião pública mundial graças às maiores
possibilidades de comunicação e pelo fato que a emigração não se limita a mudanças
dentro do Oriente Médio, mas alcança os países ocidentais" – ressaltou Dom Vasil.
O
prelado disse que em alguns Estados as Igrejas são aceitas mas sem alguma possibilidade
de crescimento, evangelização e missão. "Trata-se de minorias toleradas, fechadas
em guetos étnicos e eclesiais. Para estas comunidades, a percepção da dimensão da
catolicidade e da universalidade ajuda os fiéis a não caírem na depressão" – frisou
o arcebispo.
Em relação ao diálogo ecumênico com os ortodoxos, as
Igrejas Católicas de rito oriental desempenham uma função importante na busca pela
unidade com as Igrejas Ortodoxas.
Segundo Dom Vasil, foi importante
a convocação do Sínodo para o Oriente Médio feita por Bento XVI, em 19 de setembro
de 2009, após sua viagem à Terra Santa, provocando interesse "porque a questão do
Oriente Médio é repleta de ressonâncias geopolíticas".
"Naquelas terras
é difícil falar de missão no sentido tradicional da palavra, considerando que tal
atividade é vista como proselitismo. Todavia, a Igreja não pode renunciar à sua missionariedade,
até mesmo silenciosa. Muitas vezes a vida e o testemunho falam de maneira mais eloqüente
e atraente" – concluiu Dom Vasil. (MJ)