2010-07-28 20:09:00

Papa João Paulo II aos novos embaixadores de Bangladesh, Djibuti, Finlândia, Eritreia, Geórgia, Lesoto, Ruanda, Maurício e Mali: Nenhuma questão especial, que deverá encontrar sempre a sua solução através das negociações, poderá prevalecer sobre o respeito das pessoas e dos povos


6 de Dezembro de 2001
DISCURSO DO SANTO PADRE NOVE NOVOS EMBAIXADORES JUNTO À SANTA SÉ

Excelências
1. Estou feliz por vos receber hoje e por vos dar as boas-vindas no momento em que apresentais as Cartas que vos acreditam como Embaixadores Extraordinários e Plenipotenciários dos vossos Países junto da Sé Apostólica: Saúdo também o novo Embaixador da Suíça em Missão Especial.

Agradecer-vos-ia se comunicásseis aos vossos respectivos Chefes de Estado a minha gratidão pelas mensagens que me dirigiram através de vós, transmitindo-lhes as minhas cordiais e deferentes saudações, assim como os meus ardentes bons votos pelas suas pessoas e pela sua missão ao serviço dos seus respectivos concidadãos. Permiti-me aproveitar esta circunstância também para saudar, através de vós, as Autoridades dos vossos Países e todo o conjunto dos vossos compatriotas. É de bom grado que incluo uma intenção especial pelos vossos concidadãos católicos e pelos seus Pastores. Todos têm a solicitude de oferecer a sua própria contribuição para a concórdia e a paz.

2. Hoje, mais do que nunca, os nossos contemporâneos estão assinalados pelo medo que, às vezes, provém da situação instável que o nosso mundo conhece e da incerteza em relação ao futuro; parece que muitos não conseguem mais olhar com serenidade para o seu porvir, de maneira especial os jovens, que se sentem inquietos perante os dramáticos acontecimentos que o mundo dos adultos lhes oferece. Cabe de modo muito especial aos Responsáveis das Nações e aos seus Representantes no serviço diplomático, comprometer-se mais do que nunca e de maneira cada vez mais intensa, no caminho do diálogo e da cooperação internacional, em ordem a desenraizar tudo aquilo que é fonte de conflito e de tensão entre os Países. Nenhuma questão especial, que deverá encontrar sempre a sua solução através das negociações, poderá prevalecer sobre o respeito das pessoas e dos povos.

3. Senhores e Senhoras Embaixadores, a vossa missão consiste em servir a nobre causa do vosso País e, ao mesmo tempo, a sublime causa da paz. Eminentes actos de amor ao próximo devem ser realizados, com o desejo de contribuir para o bem comum e para uma melhor compreensão entre as pessoas e entre os povos. Só então poderemos oferecer às gerações vindouras uma terra onde é bom viver. Devemos recordar incessantemente que todas as injustiças que os nossos contemporâneos podem vir a conhecer, que as situações de pobreza e a educação insuficiente dos jovens constituem a fonte de uma boa parte dos focos de violência no mundo inteiro. A justiça, a paz, a luta contra a miséria e contra a falta de formação espiritual, moral e intelectual dos jovens constituem os aspectos essenciais do compromisso para o qual exorto os Governantes das Nações, os serviços diplomáticos e todos os homens de boa vontade.

4. No momento em que dais início à vossa missão junto da Santa Sé, tenho a satisfação de vos transmitir os meus melhores votos. É de bom grado que invoco a abundância das Bênçãos divinas sobre as vossas pessoas e as vossas famílias, os vossos colaboradores e as Nações que representais.Bangladesh, Djibuti, Finlândia, Eritreia, Geórgia, Lesoto, Ruanda, Maurício e Mali.







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