Comentando o Evangelho do dia Bento XVI fala do “Pai Nosso”, e pede á Virgem Maria
que nos ajude a redescobrir a beleza e a profundidade da oração cristã.
(25/7/2010) Nas palavras dirigidas aos milhares de pessoas congregadas neste domingo
ao meio dia no pátio interno do palácio apostólico de Castelgandolfo para a recitação
do Angelus, o Papa Bento XVI comentou o Evangelho do dia que nos apresenta Jesus recolhido
em oração, um pouco isolado dos seus discípulos. Quando terminou um deles disse-lhe:
Senhor, ensina-nos a orar. Jesus não fez objecções, não falou de formulas estranhas
ou exotéricas, mas com muita simplicidade disse: “Quando orardes, dizei: Pai… e –salientou
Bento XVI – ensinou o Pai Nosso. O Papa recordou que o Evangelista Lucas transmite-nos
o Pai Nosso numa forma mais breve em relação aquela do Evangelho de São Mateus que
entrou no uso comum. Encontramo-nos perante as primeiras palavras da Sagrada Escritura
que aprendemos desde meninos. Elas imprimem-se na memoria, plasmam a nossa vida, acompanham-nos
até ao último respiro. Desvelam que nós não somos ainda de maneira completa filhos
de Deus, mas devemos sê-lo e cada vez mais, mediante uma nossa comunhão com Jesus
cada vez mais profunda. Esta oração - acrescentou depois o Papa acolhe e exprime
também as necessidades humanas materiais e espirituais. E precisamente por causa das
necessidade e das dificuldades de cada dia, Jesus exorta com força “pedi e dar-vos
- ão. Procurai e achareis. Batei e hão-de abrir-vos”. Não é um pedir para satisfazer
a própria vontade, quanto sobretudo manter viva esta amizade com Deus o qual – diz
sempre o Evangelho – dará o Espírito àqueles que Lh’o pedem”. Bento XVI recordou
que neste Domingo ocorre a festa do Apostolo São Tiago, que deixou o pai e o trabalho
de pescador para seguir Jesus e por Ele deu a vida, o primeiro entre os Apóstolos.
E de coração dirigiu um pensamento especial aos peregrinos que acorrerem numerosos
a Santiago de Compostela, pedindo á Virgem Maria que nos ajude a redescobrir a beleza
e a profundidade da oração cristã. Não faltou nesta domingo uma saudação do Papa
em língua portuguesa
Saúdo também
os peregrinos de língua portuguesa, especialmente o grupo de brasileiros vindos da
diocese de Blumenau. Agradecido pela amizade e orações, sobre todos invoco os dons
do Espírito Santo para serem verdadeiras testemunhas de Cristo no meio das respectivas
famílias e comunidades que de coração abençôo.
Depois da recitação do Angelus
Bento XVI manifestou profunda dor pela tragédia de Duisburg, onde morreram 19 pessoas.
“Recordo na oração os jovens que perderam a vida – disse o Papa.