A Conferência Episcopal da Zâmbia e a reforma constitucional no país
(24/7/2010) A Conferência Episcopal da Zâmbia (CEZ) publicou uma nota detalhada sobre
o esboço da Constituição, apresentado nos dias passados. Os bispos não quiseram
fazer parte da Conferência Nacional para a Constituição e assinalam os motivos. Segundo
eles, a estrutura dessa conferencia é pouco equilibrada, pois é composta por expoentes
políticos da maioria; existe ambiguidade no desenvolvimento dos trabalhos e o esboço
deixa de lado conteúdos importantes como, o direito à alimentação, água e assistência
médica. Segundo os prelados, o documento provisório tem alguns elementos positivos
como, a inclusão e o reconhecimento dos direitos dos nascituros e portadores de deficiência,
a abolição da tortura e outras formas de tratamento desumano. A Conferência Episcopal
da Zâmbia frisa que "não ficou claro o que o Parlamento irá fazer quando receber o
documento provisório. Os prelados salientam que o bem comum foi sempre sacrificado
em nome dos interesses pessoais daqueles que querem enriquecer-se com o poder, criando
uma Constituição débil e parcial.
"Este esboço constitucional é mais um procedimento
que consome dinheiro e para um país pobre como a Zâmbia é uma situação inaceitável,
porque se tornou uma questão moral" – afirma ainda a Conferência Episcopal.