VIOLÊNCIA INDÍGENA: DISCRIMINAÇÃO RACIAL OU INTERESSES ECONÔMICOS?
Cidade do Vaticano, 23 jul (RV) - O conflito pela posse da terra. Este é o
fundamento que está na base da violação dos direitos indígenas, segundo o relatório
do Conselho Indigenista Missionário, CIMI, publicado nos dias passados.
Com
ameaças às lideranças indígenas, neste conflito fundiário estão envolvidos fazendeiros,
madeireiros, mineradores, garimpeiros e também políticos, governos municipais e estaduais.
Retirada ilegal de madeira, garimpo e pesca ilegais dentro de área indígena
são algumas das principais violências cometidas. Mas não só: outro fenômeno preocupante
são as ameaças contra as lideranças indígenas, como a queima de casas e escolas e
plantações e assassinatos – algo que, segundo o CIMI, tem sido constante.
Mas
afinal de contas, trata-se de discriminação racial, de violência étnica mirada contra
os índios, ou se trata de uma disputa movida simplesmente por motivos econômicos,
com a necessidade de aniquilar quem, nesta situação, representa um obstáculo ao desenvolvimento?
Quem
explica é a coordenadora do Relatório do CIMI, a socióloga Dra. Lucia Rangel: (BF)