A IGREJA CONTRA A MARGINALIZAÇÃO DA REGIÃO AMAZÔNICA
Manaus, 22 jul (RV) - A Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB retomou
suas atividades, ao dar início a visitas às cidades mais distantes da região amazônica.
"Estamos
reativando o projeto 'Igrejas irmãs na Amazônia' para assim conhecermos mais sobre
a realidade das nossas comunidades mais longínquas, e coletarmos dados e informações
relevantes para a Igreja, como a quantidade de padres, religiosos e seminaristas naquela
região" – destacou a assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia, Irmã Maria Irene
Lopes dos Santos.
"Igreja irmãs na Amazônia" consiste num mapeamento
de cidades, localizadas em áreas muito afastadas da Amazônia, para uma análise social,
político e religiosa dessas comunidades, a fim de que outras Igrejas particulares,
principalmente do Centro-Sul do país, possam "adotar" as mais carentes. "Mas o principal
é a ajuda das Igrejas com um pouco mais de condições não só no aspecto financeiro,
mas também no envio de missionários e gente especializada para formar líderes e criar
pastorais" – explicou a assessora da CNBB.
A primeira cidade visitada
foi Eirunepé (AM), localizado na região do Juruá, sudoeste amazônico e a cerca de
2 horas de avião de Rio Branco (AC). Eirunepé faz parte da diocese de Cruzeiro do
Sul (que fica a cinco dias de barco) e tem uma população de 29 mil habitantes.
Lá,
a assessora constatou a miséria e o descaso dos governantes com a Amazônia: "Vimos
que a prostituição infantil, o consumo de drogas e o alcoolismo fazem parte da rotina
dessa cidade, por isso a importância da atuação da Igreja nessa comunidade é fundamental."
Na
cidade, há apenas três padres, três religiosas franciscanas e algumas pastorais atuando.
A retomada das atividades da Comissão Episcopal para a Amazônia foi
decidida pela presidência da CNBB no último Conselho Permanente, realizado em junho.
(BF-CNBB)