Roma, 14 jul (RV) – Nos últimos anos, durante o verão, os índices de crimes
passionais contra as mulheres têm aumentado na Itália. O fenômeno é noticiado por
todas as mídias quase diariamente. O criminologista italiano Francesco Bruno explica
o fenômeno baseado nas teorias de gênero, que tratam da mudança de papéis de homens
e mulheres após a chamada "revolução feminina".
Segundo ele, "os homens, até
uns vinte anos atrás, tinham seus papéis definidos. Hoje, eles não são mais os únicos
a ter a liderança em casa. Enquanto antes eles matavam por ciúmes ou por traição,
hoje matam para não serem abandonados pelas suas companheiras, porque se sentem dependentes
delas". "O homem está mais confuso quanto à sua identidade, e tende a perder sua fonte
de segurança", explica.
Só ontem, dois crimes desse tipo foram noticiados na
imprensa italiana. Um deles referente a uma mulher de 32 anos que foi esfaqueada -
a caminho do trabalho - pelo marido, do qual havia anunciado querer divorciar-se.
A outra vítima foi agredida pelo já ex-marido, que havia deixado há três meses. Foi
espancada e depois queimada. Sobrevive ainda, mas tem 60% do corpo tomado pelas queimaduras.
(ED)