Havana, 13 jul (RV) - Após o acordo entre a Igreja Católica e o governo de
Cuba, sete prisioneiros políticos cubanos foram libertados na noite de ontem. Seis
deles partiram ontem mesmo com destino à Espanha, junto com suas famílias, onde permanecerão
exilados na condição de refugiados políticos. O sétimo opositor viajou nesta madrugada.
No total, 52 presos políticos remanescentes da repressão conhecida como "Primavera
Negra", de 2003, serão libertados gradualmente em até quatro meses.
A libertação
dos prisioneiros é a maior em solo cubano desde o encontro entre o ex-presidente Fidel
Castro e o Papa João Paulo II, em 1998, quando 100 opositores ganharam a liberdade.
A
Igreja Católica declarou que outros 13 ativistas da oposição e dissidentes presos
serão libertados em breve. Não se sabe se os próximos a serem soltos serão autorizados
a permanecer em Cuba ou se serão enviados a outro país. Os Estados Unidos e o Chile
já se ofereceram para garantir-lhes asilo, assim com a Espanha.
Segundo Elizardo
Sanchez, líder da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba, pelo
menos três presos pediram para permanecer na Iha.
O dissidente cubano Guillermo
Fariñas, que estava em greve de fome há quatro meses pela libertação de presos políticos
doentes, encerrou seu jejum um dia depois que as libertações foram anunciadas. (CM)