2010-07-10 11:43:32

BRASÍLIA: SEMINARISTAS DEBATEM ARMADILHAS


Brasília, 10 jul (RV) - Prossegue, em Brasília, o 1º Congresso Missionário de Seminaristas.

A formação intelectual dos futuros padres para uma missão sem fronteiras, foi o tema debatido ontem e apresentado por Pe. Almir Magalhães que indicou as armadilhas que bloqueiam a dimensão missionária.

Segundo o conferencista, a armadilha do "fechamento em si mesmo" está ligada ao "exacerbado individualismo da sociedade moderna e pós-moderna", transbordando para o cotidiano dos Agentes de Pastoral, formando o individualismo grupal. "Cada movimento, grupo, pastoral e comunidades se tornaram tarefeiros, cumpridores de tarefas. Fecham-se no seu pequeno mundo, não olham para o lado e o pior, às vezes, se tornam competitivos", disse ele.

Sobre a secularização, o sacerdote disse que ela só é um problema quando leva para o secularismo "que concebe a organização da vida sem Deus, sem religião". "O desafio aqui é como criar uma consciência pastoral-missionária numa sociedade que se constrói sem Deus", destaca.

Em relação à religiosidade na pós-modernidade, Pe. Almir alerta para o risco de uma religião e uma Igreja light, como conseqüência de um estilo hegemônico que atrai as novas gerações. "A formação tanto no seminário como acadêmica, tem se evidenciado impotente para reverter este quadro", adverte o conferencista.

O sacerdote ressalta que é preciso colocar a formação intelectual dos seminaristas no centro das atenções, "não como uma expressão que leve à vaidade, mas que nos qualifique para uma compreensão e prática missionária, tanto na configuração eclesial básica que é a Paróquia, quanto na compreensão universal, além fronteiras" – disse Pe. Almir.

O Congresso Missionário prossegue hoje com testemunhos e com a conferência sobre a formação pastoral-missionária dos seminaristas. Tal palestra será proferida pelo missiólogo, Pe. Paulo Suess. (MJ⁄CNBB)
 







All the contents on this site are copyrighted ©.