RELATÓRIO DA CARITAS INTERNACIONAL SOBRE SITUAÇÃO DO HAITI
Roma, 09 jul (RV) - A Caritas Internacional publicou um relatório sobre a situação
no Haiti, após seis meses do terremoto que abalou a ilha, provocando 230 mil mortos,
300 mil feridos e mais de um milhão de sem-teto.
Segundo o balanço feito pela
Caritas Internacional, o organismo católico forneceu ajuda alimentar, tendas, água,
assistência médica, psicológica e serviços de higiene num total de 37 milhões e 400
mil euros a mais de 2 milhões e 300 mil pessoas.
Tais dados estão contidos
no relatório publicado ontem pela Caritas Internacional intitulado "Uma nova esperança
para o Haiti, seis meses depois do terremoto". No relatório o arcebispo de Tegucigalpa,
Cardeal Oscar Andrès Maradiaga, presidente da Caritas Internacional, recorda que "é
preciso reconstruir escolas, casas e a vida das pessoas. Por isso, o Haiti não pode
ser esquecido neste momento" – frisa o purpurado.
O Haiti chamou a atenção
do mundo quando as Nações Unidas definiram esta catástrofe a pior dos últimos 65 anos
da história do país "- escreve o Cardeal Maradiaga, sublinhando que antes do terremoto
o Haiti e sua extrema pobreza estavam esquecidos. "A reconstrução deve dar uma nova
esperança ao Haiti, fundada na solidariedade e na justiça" – sublinha ainda o purpurado.
Segundo o relatório, mais de um milhão de pessoas vive ainda nos campos de
emergência e 600 mil deixaram a capital, Porto Príncipe, para buscar trabalho nas
zonas rurais. A Caritas elaborou um plano de reinserção social e reconstrução para
os próximos cinco anos, identificando algumas prioridades como: casa, educação, redução
dos riscos de catástrofes, saúde, restabelecimento dos meios de subsistência. Como
a maior parte da população vive ainda nos campos, permanece ainda muito precário o
acesso à água e o risco de difusão de doenças.
O presidente da Caritas-Haiti,
Dom Pierre Dumas, ressalta que "a terrível tragédia que se abateu sobre o Haiti deve
servir para mostrar que é necessário desarraigar a pobreza e a injustiça no mundo".
(MJ)