2010-07-09 16:00:02

RELATÓRIO DA CARITAS INTERNACIONAL SOBRE SITUAÇÃO DO HAITI


Roma, 09 jul (RV) - A Caritas Internacional publicou um relatório sobre a situação no Haiti, após seis meses do terremoto que abalou a ilha, provocando 230 mil mortos, 300 mil feridos e mais de um milhão de sem-teto.

Segundo o balanço feito pela Caritas Internacional, o organismo católico forneceu ajuda alimentar, tendas, água, assistência médica, psicológica e serviços de higiene num total de 37 milhões e 400 mil euros a mais de 2 milhões e 300 mil pessoas.

Tais dados estão contidos no relatório publicado ontem pela Caritas Internacional intitulado "Uma nova esperança para o Haiti, seis meses depois do terremoto". No relatório o arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Andrès Maradiaga, presidente da Caritas Internacional, recorda que "é preciso reconstruir escolas, casas e a vida das pessoas. Por isso, o Haiti não pode ser esquecido neste momento" – frisa o purpurado.

O Haiti chamou a atenção do mundo quando as Nações Unidas definiram esta catástrofe a pior dos últimos 65 anos da história do país "- escreve o Cardeal Maradiaga, sublinhando que antes do terremoto o Haiti e sua extrema pobreza estavam esquecidos. "A reconstrução deve dar uma nova esperança ao Haiti, fundada na solidariedade e na justiça" – sublinha ainda o purpurado.

Segundo o relatório, mais de um milhão de pessoas vive ainda nos campos de emergência e 600 mil deixaram a capital, Porto Príncipe, para buscar trabalho nas zonas rurais. A Caritas elaborou um plano de reinserção social e reconstrução para os próximos cinco anos, identificando algumas prioridades como: casa, educação, redução dos riscos de catástrofes, saúde, restabelecimento dos meios de subsistência. Como a maior parte da população vive ainda nos campos, permanece ainda muito precário o acesso à água e o risco de difusão de doenças.

O presidente da Caritas-Haiti, Dom Pierre Dumas, ressalta que "a terrível tragédia que se abateu sobre o Haiti deve servir para mostrar que é necessário desarraigar a pobreza e a injustiça no mundo". (MJ)





 







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