BISPOS ALEMÃES: EMBRIÃO DEVE TER DIREITOS IGUAIS AOS DE UM SER HUMANO
Colônia, 08 jul (RV) – O Episcopado alemão criticou o Supremo Tribunal Federal
do país, por aprovar um processo que, na fertilização in vitro, permite descartar
embriões com dano genético.
A discussão gira em torno do Diagnóstico Pré-Implantacional
(DPI), um exame que pode ser utilizado, na fertilização in vitro, com a finalidade
de detectar nos embriões a existência de alguma doença genética, antes da implantação
no útero materno. Casa haja anomalias, o embrião pode ser descartado, se for essa
a vontade dos pais.
A Conferência Episcopal Alemã – num comunicado publicado
em seu site – critica a decisão do tribunal por ter afirmado que "um ginecologista
que use o DPI para detectar a existência de possíveis anomalias genéticas, não pode
ser acusado de violar a lei de proteção ao embrião".
Os bispos dizem que "a
matança dos embriões que, após confirmação da existência de anomalia genética já não
são inseridos no útero materno, não pode ser aceita, pois é contrária à nossa ideia
de ser humano".
O Diagnóstico Pré-Implantacional foi o tema central da agenda
do 20º Encontro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que reuniu,
este mês em Roma, médicos, enfermeiros, embriologistas, geneticistas, grupos de defesa
dos pacientes e os próprios pacientes que se submetem ao exame. (AF)