Brasília, 08 jul (RV) - A direção do Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
está reunida em Luziânia (GO), desde ontem, e até o dia 10, para refletir sobre a
questão indígena no Brasil e preparar o lançamento do relatório anual sobre as violências
sofridas pelos povos indígenas no país. O documento será divulgado amanhã, 9, na sede
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
No contexto
da reunião do Conselho, foi apresentado o projeto “Rádio Barco Amazônico”, que deve
integrar e educar, via rádio, as comunidades amazônicas.
O projeto consiste
na formação de uma rede de rádios, via satélite, com 40 emissoras cadastradas nas
fronteiras amazônicas (Equador, Colômbia, Venezuela, Brasil, Bolívia e Peru), para
que os povos dessas regiões sejam informados sobre os acontecimentos e troquem informações
como questões climáticas e florestais, migração dos peixes, queimadas, entre outros.
O
objetivo é favorecer o processo de comunicação dos povos pan-amazônicos, aproveitando
as plataformas multimídias (rádios, internet, TVs), e viabilizando os discursos dos
indígenas, ribeirinhos e periferias das cidades amazônicas para que esses assuntos
sejam debatidos, entrem na reflexão pública e incidam na agenda do planeta.
A
Associação Latino-americana de Educação Radiofônica, (ALER), esteve representada pelos
padres franciscanos, Fernando Lopez e Guilhermo Cardona, e pelo técnico em comunicação,
Hugo Ramírez.
Cada equipe será composta por um técnico em comunicação, via
satélite, e um produtor. Chegando à comunidade, a equipe monta uma base, transmite
o programa, ouve as comunidades, desmonta a base e segue para outra localidade”, explicou. Para
saber mais sobre o projeto “Rádio Barco Amazônico”, acesse www.aler.org. (CM)