2010-07-07 17:33:11

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: CONGO NO TOPO DA LISTA


Congo, 07 jul (RV) – Este ano, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, designou uma representante especial para a violência sexual em conflitos armados, Margot Wallstrom. A sua tarefa é investigar a situação mundial dessa questão e apresentar o relatório ao Conselho de Segurança.

Margot qualificou a República Democrática do Congo como “a capital mundial da violação”. Segundo seus relatos, desde o início dos conflitos no país, há 14 anos, têm havido violações sistemáticas, chegando a 200 mil o número de pessoas que sofreram violência sexual nesse período.

O atual conflito na República Democrática do Congo tem raízes em choques étnicos e em interesses comerciais e políticos que já levaram a ex-colônia belga a ser palco do que foi chamado de Primeira Guerra Mundial Africana, entre 1998 e 2003.

A ONU tem no país a MONUC, que é a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, e dispõe de patrulhas especiais para escoltar as mulheres aos centros de saúde e mercados. Porém, por razões que o governo local afirma serem de soberania e de capacidade de auto-organização, a Missão da ONU corre o risco de ser removida do país. De acordo com a representante das Nações Unidas, várias partes do país estão instáveis e a ONU facilita a logística para muitas organizações não governamentais que dependem dela.

Margot ainda explica que o Conselho de Segurança da ONU, que tem dedicado mais atenção à violência contra as mulheres, deve concentrar seus esforços na República Democrática do Congo, além da região sudanesa de Darfur e vários outros países africanos, como Burundi, Costa do Marfim, Guiné, Haiti, Libéria, e Sudão. Ela ressalta, porém, que a violência sexual contra a mulher não é um problema exclusivo da África. (ED)







All the contents on this site are copyrighted ©.