2010-07-07 11:47:08

SANTA SÉ: CRISTÃOS DISCRIMINADOS MESMO QUANDO MAIORIA


Cidade do Vaticano, 07 jul (RV) - A edição de hoje do jornal “L'Osservatore Romano” traz o pronunciamento de Dom Mario Toso, Secretário do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, no âmbito da conferência sobre a tolerância e a não-discriminação. Este evento foi organizado pela presidência cazaque da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), entre os dias 29 e 30 de junho. Em nome da Sé, cuja delegação chefiou, Dom Mario Toso concluiu que “os cristãos se tornaram o grupo religioso mais perseguido no mundo”.

A OSCE é uma organização que atualmente reúne 56 países da Europa, Ásia Central e América do Norte (Canadá e Estados Unidos), e promoveu este encontro para debater a discriminação contra as pessoas religiosas em geral.

Mas para o representante pontifício, “está amplamente documentado que os cristãos são o grupo religioso mais discriminado, com mais de 200 milhões, de diferentes confissões, em situações de dificuldade por causa das instituições e dos contextos legais e culturais que os discriminam”.

O bispo esclareceu ainda que os cristãos não são discriminados somente onde são minoria, mas às vezes, têm seus direitos fundamentais violados inclusive quando são maioria. Em alguns países, “leis intolerantes discriminam os fiéis, e constatam-se contínuos episódios de violência, inclusive assassinatos de cristãos”.

Dom Mario Toso denunciou restrições contra a liberdade de opinião e de adesão a uma confissão e à respectiva comunidade religiosa, assim como contra a importação e distribuição de material religioso; interferências ilegítimas em sua autonomia organizativa; pressões sobre as pessoas que trabalham na administração pública e impedem a liberdade de expressão segundo sua consciência.

Assim sendo, defendeu que “a comunidade internacional deveria lutar contra a intolerância e a discriminação dos cristãos com a mesma determinação com que luta contra o ódio a todas as comunidades religiosas”.

E o representante da Santa Sé concluiu deduzindo que um autêntico pluralismo nos meios de comunicação exige a correta informação sobre as diferentes realidades religiosas e a liberdade de acesso aos meios para as próprias comunidades religiosas.
(CM)







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