2010-07-07 11:53:11

FAO E MUTIRÃO JUNTOS CONTRA A FOME. ASSINE!


Brasília, 07 jul (RV) - A Food and Agriculture Organization (FAO), um departamento da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pela erradicação da fome no mundo, acaba de lançar uma campanha mundial de coleta de assinaturas para pressionar a própria ONU, sobre a existência de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas vivendo em situação de fome crônica. A campanha se chama “1billionhungry” ou em português “1 bilhão de famintos”.

O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) assumiu o compromisso de divulgar esta campanha. Dom Guilherme Werlang, bispo referencial do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome da CNBB, juntamente com o secretário do Mutirão, padre Nelito Dornelas e a irmã Graça Apolinário, do Conselho de Religiosos do Brasil (CRB) e conselheira do CONSEA, estão encarregados da divulgação a campanha nas comunidades religiosas.

“Para tanto, solicitamos o empenho de todos na mesma. A campanha está disponível na Internet. As pessoas pedem fazer a assinatura via internet ou por meio de uma lista. Esta assinatura é simples. Não necessita de documentos de identificação” - destacou o padre Nelito.

As listas preenchidas devem ser enviadas à CNBB ou à CRB até o dia 8 de setembro. Elas serão encaminhadas ao CONSEA, que as enviará à FAO, para chegarem a ONU até o dia 16 de outubro, dia mundial da alimentação”.

O símbolo da campanha é um apito amarelo. A idéia é encorajar as pessoas a apitar contra a fome. “Deveríamos estar furiosos com o vergonhoso fato de que seres humanos ainda sofram de fome” - disse o Diretor Geral da FAO, Jacques Diouf.

Se o mundo continuar no mesmo ritmo de redução da fome, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade o percentual de pessoas com fome até 2015 não será alcançado.
De cerca de um bilhão de pessoas com fome, 642 milhões vivem na Ásia, 265 milhões na África Subsaariana, 53 milhões na América Latina e Caribe, 42 no Oriente Médio e Norte da África e 15 milhões em países desenvolvidos.

Segundo José Graziano, diretor da FAO para a América Latina e Caribe, esta é a única região do mundo que retrocedeu em número de pessoas com fome por causa da crise econômica.

Nesta região, “quem não trabalha não come”. O único país que gerou empregos durante a crise foi o Brasil. “É um milagre”. Hoje, América Latina e Caribe têm mais pobres e miseráveis que nos anos oitenta. São 53 milhões de famintos quando eram 45 milhões em números absolutos. “Perdemos em três anos o que levamos quinze para avançar”. Na Guatemala, há uma criança desnutrida para cada duas. Ao mesmo tempo, aumenta o sobrepeso. “Comemos pouco e comemos mal.”

A campanha lançada pela FAO em todo o mundo deve recolher um milhão de assinaturas até o dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação.

As assinaturas podem ser feitas por meios eletrônicos, mas haverá listas de assinaturas circulando em todos os lugares.
(CNBB, ONU, CM)







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