2010-07-07 17:34:04

EQUADOR: MENINOS ABANDONAM ESCOLA PARA CONTRIBUIR COM A RENDA DA FAMÍLIA


Quito, 07 jul (RV) – O trabalho infantil na América Latina é um problema social que envolve um grande número de crianças, e está relacionado diretamente com a pobreza da população. No Equador, os meninos abandonam a escola com mais freqüência que as meninas. Elas, em geral, estudam e trabalham. María Cecília Pérez, especialista em trabalho informal urbano da capital do Equador, explica essa situação pelo viés da segurança e da oferta de trabalho. Segundo ela, as meninas são mantidas junto das famílias, onde podem ser cuidadas e desenvolver algumas atividades produtivas. Os meninos – ela explica – podem mover-se mais facilmente pela cidade e encontram mais oferta de trabalho.

Nesse país sul-americano de 14,2 milhões de habitantes, a população infantil e adolescente – para fins estatísticos, entre 5 e 17 anos – chegava, no ano passado, a quase 4 milhões de pessoas, dos quais 9,8% trabalhavam. Dos meninos e adolescentes, trabalhavam 12,2%, e das meninas e adolescentes pouco mais da metade em relação aos meninos, 7,3%.

A maioria da população infantil e adolescente trabalhadora vive nas áreas rurais, onde 17,5% trabalham em atividade não remunerada, enquanto nas cidades a porcentagem cai para 5,1%. No Equador, a idade mínima legal para trabalhar é de 16 anos.

Segundo especialista do Centro de Planejamento e Estudos Sociais, Gloria Camacho, em períodos de crise e falta de emprego, as famílias usam duas estratégias: primeiro é a mãe que sai em busca de trabalho, depois um filho. “Os primeiros chamados a trabalhar são os filhos homens”, afirmou. (ED)







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