2010-07-02 16:42:42

O Papa ao novo Embaixador do Iraque junto da Santa Sé: o sofrimento comum de cristãos e muçulmanos pode reforçar a opção da paz


(2/7/2010) Os últimos anos no Iraque foram marcados por trágicos actos de violência contrários ao ensinamentos do Islão e do cristianismo. Acções efectuadas contra membros inocentes da população, muçulmanos e cristãos. Este sofrimento pode estabelecer um laço profundo reforçando a determinação de muçulmanos e cristãos a trabalhar pela paz e a reconciliação. Foi o que afirmou o Papa nesta sexta feira recebendo no Vaticano para a apresentação das Catas credenciais o novo Embaixador do Iraque junto da Santa Sé.
Bento XVI recordou que os iraquianos por ocasião das eleições legislativas de Março passado deram ao mundo um sinal claro escolhendo o caminho da democracia. Através deste caminho – acrescentou o Papa – o povo iraquiano aspira a viver em harmonia, numa sociedade justa, pluralista e inclusiva. Não obstante as tentativas de intimidação da parte daqueles que não partilham esta aspiração, os iraquianos mostraram grande coragem e determinação apresentando-se em grande numero nas sedes de votos. Agora é necessário compor quanto antes o mosaico politico iraquiano.
Á esperança é que a formação de um novo governo proceda agora rapidamente de maneira que a vontade do povo de um Iraque estável e unificado possa ser realizada.
A Santa Sé que sempre considerou excelentes as próprias relações diplomáticas com o Iraque, continuará a assegurar a própria ajuda quanto é possível, de maneira que o país possa assumir o lugar legitimo de nação guia na região. Aqueles que foram eleitos – acrescentou o Papa – terão de demonstrar grande coragem e determinação para responder ás grandes expectativas do povo iraquiano.
O novo governo deverá dar prioridade ás medidas destinadas a melhorar a segurança de todos os sectores da população, em particular as varias minorias.
Entre os direitos que devem ser respeitados plenamente, são de fundamental importância, a liberdade religiosa e de culto enquanto permitem aos cidadãos viver como pessoas criadas á imagem e semelhança do Criador. Os cristãos iraquianos – explica depois o Papa partilham as preocupações do novo Embaixador – devem permanecer na sua pátria ancestral. Aqueles que foram obrigados a emigrar- acrescentou Bento XVI- possam depressa considerar seguro o seu regresso ao Iraque.
Desde os primeiros dias da Igreja os cristãos habitaram na terra de Abraão, terra que faz parte do património comum do judaísmo, cristianismo e islão.
É fortemente auspiciável – sublinhou depois o Papa – que a sociedade iraquiana no futuro seja caracterizada pela coexistência pacifica, desejo comum nas aspirações daqueles que estão enraizados na fé de Abraão. Uma sociedade na qual os cristãos têm um papel relevante.
Embora os cristãos seja uma minoria da população iraquiana, dão um contributo precioso para a sua reconstrução e retomada económica através do seu apostolado em âmbito educativo e sanitário; o seu empenho em projectos humanitários fornece assistência quanto mais necessária na construção da sociedade.
A historia mostrou que alguns dos incentivos eficazes para superar as divisões provêem dos exemplos de homens e mulheres que perderam a vida tendo escolhido o caminho corajoso do testemunho não violento inspirado em altos valores.
Os nomes de de D. Paulos Faraj Rahho, do padre Raghee Ganni e de muitos outros continuarão a viver como exemplos luminosos de amor que os levou a dar a vida pelos outros.
Bento XVI recordou depois a iniciativa da Santa Sé para apoiar as Igrejas locais da inteira região, a Assembleia especial do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente que se efectuará de 10 a 24 de Outubro próximo:
“Constituirá uma oportunidade para explorar o papel e o testemunho dos cristãos nas terras da Bíblia e dará também um impulso para a importante tarefa do dialogo interreligioso que tanto pode contribuir para conseguir o objectivo de uma coexistência pacifica no respeito recripro e estima entre fiéis de diferentes religiões








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