Mártires da Guerra Civil Espanhola e do nazismo a caminho da beatificação
2/7/2010) Bento XVI aprovou a publicação do decreto que reconhece o martírio sofrido
por 26 religiosos “durante a perseguição religiosa na Espanha de 1936", um passo decisivo
para a beatificação. Tratam-se de 16 religiosos pertencentes à Congregação dos
Missionários Filhos do Coração Imaculado da Beata Virgem Maria que foram martirizados
por “ódio à fé", entre eles, José María Ruiz Cano, Jesús Aníba Gómez e Tomás Cordero. Em
comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé é ainda revelada a promulgação
do decreto sobre outros dez "martirizados em ódio à fé" da Ordem Carmelita que foram
torturados e assassinados por membros do partido republicano com a explosão da Guerra
Civil espanhola (1936-1939). O Papa assinou também um decreto no qual reconhece
como martírio o assassinato de três sacerdotes opositores ao regime de Hitler em Hamburgo
(1943). Foram ainda promulgados dois decretos relativos a martírios (no regime
comunista romeno e durante a Revolução francesa), cinco relativos a milagres e seis
que reconhecem as “virtudes heróicas” de fiéis católicos. No total, perspectiva-se
uma nova canonização (do beato italiano Pe. Luigi Guanella, 1842-1915) e 41 beatificações. Desde
o início do pontificado de Bento XVI foram beatificados mais de 600 fiéis e há 28
novos Santos. Neste lote incluem-se dois portugueses: a Beata Rita de Jesus (beatificada
a 28 de Maio de 2006, em Viseu), e S. Nuno de Santa Maria, o Santo Condestável (canonizado
a 26 de Abril de 2009, no Vaticano). Em Fevereiro, o Vaticano anunciou que a 17
de Outubro terá lugar uma celebração em que serão proclamados seis novos santos.