Londres, 1º jul (RV) - A intolerância religiosa se uniu ao racismo como uma
das principais causas pelas quais as minorias são perseguidas em muitas partes do
mundo, segundo revela o relatório publicado hoje por Grupo Internacional pelos Direitos
das Minorias (Minority Rights Group International - MRG).
O documento destaca
que fatores como o incremento do nacionalismo religioso, a marginalização econômica
que sofrem certos grupos e o abuso da legislação antiterrorista levaram a uma crescente
tendência à perseguição das minorias religiosas na maioria dos países da Europa Ocidental
e da América do Norte.
Na Ásia e na África, a religião está substituindo rapidamente
a raça e a etnia como causa de discriminação e de ataques violentos contra certas
comunidades. Além disso, em muitos países, desde o Reino Unido até Etiópia ou Bangladesh,
a relação entre pobreza e religião está se incrementando notavelmente.
No relatório,
MRG denuncia que as minorias religiosas têm que fazer frente a ataques, detenções,
torturas e à repressão de seus direitos fundamentais.
O diretor de MRG, Mark
Lattimer, afirmou que "a intolerância religiosa é o novo racismo" e que "muitas comunidades
que sofreram a discriminação racial durante décadas agora são marginalizadas por sua
religião". É o que acontece hoje com os muçulmanos na Europa e nos Estados Unidos
ou com os cristãos no Iraque e no Paquistão. (BF)