São Paulo, 28 jun (RV) - Celebrou-se no sábado o Dia Internacional de Luta
Contra a Tortura.
Para celebrar a data, a Ação dos Cristãos para a Abolição
da Tortura (ACAT) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos realizaram o Ato contra
a Tortura, em São Paulo, na semana passada.
O tema do evento foi: "Até quando
a tortura fará parte da história de nosso país?".
Participaram do Ato inúmeras
entidades, entre elas a Pastoral Carcerária Nacional, que foi representada por José
de Jesus. Ele falou sobre o mecanismo de prevenção contra a tortura do Protocolo Facultativo
da Convenção contra a Tortura da ONU.
Pensando em achar respostas para essa
pergunta é que, no Sudeste do país. O evento aproveita a data em que é celebrado,
26 de junho.
Para a coordenadora da ACAT, Gorete Marques, a tortura é um crime
de lesa humanidade, para o qual não existe justificativa. Segundo ela, no Brasil,
a tortura é institucionalizada, pois existe há muitos anos no Brasil. Na época da
ditadura, explicou, as pessoas contrárias ao regime militar eram torturadas. Hoje,
são as pessoas em situação de vulnerabilidade social que sofrem nas mãos de agentes
da polícia e segurança pública, fazendo inúmeras.
Também o Secretário-Geral
da ONU, Ban Ki-moon, recordou a data através de uma mensagem.
No texto, ele
afirma que nenhuma circunstância pode justificar a tortura, quer se trate do estado
de guerra, da luta contra o terrorismo ou da instabilidade política, quer de qualquer
outra situação política.
"No entanto, a tortura continua a ser praticada e
tolerada por muitos Estados. Os seus autores continuam gozando de impunidade. As vítimas
continuam a sofrer." (BF)