2010-06-24 13:38:12

PAPA ORA EM MOSTEIRO COM IRMÃS DE CLAUSURA


Cidade do Vaticano, 24 jun (RV) - Após a visita ao Instituto Dom Orione, o Papa se deslocou ao Mosteiro Dominicano de Santa Maria do Rosário, que abriga tesouros de arte sacra e relíquias de grande valor histórico. A visita de Bento XVI antecipa uma data muito querida a esta comunidade: a trasladação do ícone mariano atribuído a São Lucas Evangelista, celebrada em 27 de junho.

Por concessão pontifícia de 1644, todas as manhãs, as monjas cantam a Lenda sobre a origem e as peregrinações da imagem. Narra-se que os apóstolos, depois da ressurreição de Cristo, pediram a Lucas que retratasse a Virgem.

Diz ainda a lenda que antes mesmo que o apóstolo começasse a colorir o quadro, a imagem assumiu milagrosamente o semblante da Virgem e a obra não resultou como um esforço humano, mas como expressão da virtude de Deus.

Bento XVI celebrando a Hora Média com as religiosas e proferiu uma homilia.

O Papa se disse muito feliz em poder rezar com as monjas de clausura aos pés da imagem da Nossa Senhora de São Sisto. A imagem - considerada uma relíquia por ter origens milagrosas - é definida “aqueropita”, palavra grega que indica “não feita por mãos humanas”. Esta Nossa Senhora é a protetora dos mosteiros de Santa Maria in Tempulo e São Sisto, em Roma.

A Hora Média é um elemento da Oração Litúrgica que marca o ritmo do dia das irmãs de clausura e faz delas intérpretes da Igreja-Esposa que, desta maneira, se une ao Senhor. No silêncio e na oração, as monjas encaminham-se à santificação e à purificação pessoal e, ao mesmo tempo, realizam o apostolado de intercessão por toda a Igreja, apresentando-a pura e santa ao Senhor.

Bento XVI frisou que a vocação monástica é um dom sublime e gratuito e que a vida contemplativa que as monjas receberam das mãos de São Domingos as insere no corpo místico do Senhor, que é a Igreja.

“Assim como o coração faz circular o sangue e mantém vivo todo o corpo, a sua existência escondida com Cristo, ritmada pelo trabalho e a oração, contribui para sustentar a Igreja, instrumento de salvação para todos os homens redimidos pelo Senhor com o seu Sangue”.

Bento XVI ressaltou a importância da oração também para apresentar ao Altíssimo as necessidades espirituais e materiais de nossos irmãos – muitos – que passam por dificuldades ou vivem vagueando sem destino, afastados do Senhor.

“Sua renúncia aos bens terrenos significa que desejam, acima de qualquer coisa, o bem que não tem iguais; a pérola preciosa que requer a renúncia a tudo para ser merecida” – disse.

Citando Santo Agostinho, Santo Domingos e Santa Catarina, o Papa concedeu a todas a sua benção.
(CM)
 







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