Cidade do Vaticano, 23 jun (RV) - Celebrou-se no domingo o Dia Mundial dos
Refugiados.
O Papa Bento XVI não deixou de recordar a data no Angelus, lançando
um apelo para que os refugiados sejam acolhidos e reconhecidos em sua dignidade e
direitos fundamentais.
O último relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas
para Refugiados, ACNUR, não é nada encorajador. Em 2009, 43 milhões de pessoas foram
deslocadas à força em todo o mundo, o número mais alto desde a metade da década de
90.
Não se pode falar do problema sem citar a África. As imagens que mostram
barcos à deriva no mar Mediterrâneo na tentativa de ingressar na Europa são somente
parte do desafio.
A grande maioria dos refugiados se desloca dentro do continente.
Moçambique é uma das principais metas, recebendo fluxos oriundos principalmente dos
Grandes Lagos.
Hoje, vamos conhecer a história de Gaston Valelo, um refugiado
congolês que há 10 anos mora em Moçambique. Ele fugiu de sua terra natal devido ao
desemprego, fruto por sua vez dos conflitos sociais e políticos que ainda imperam
na República congolesa. Atualmente, Gaston é o Coordenador pastoral da Comissão Episcopal
para Migrante, Refugiado e Deslocado da Igreja moçambicana.