Pyongyang, 21 jun (RV) - As tensões políticas e os ventos de guerra não devem
impedir as ajudas humanitárias aos irmãos norte-coreanos que passam fome: este é apelo
lançado pela Igreja coreana, que teme uma "crise humanitária parecida com a que aconteceu
no país nos anos 90".
De acordo com a Caritas coreana, as principais vítimas
da atual crise política, que teve como repercussão o bloqueio dos encontros bilaterais,
são os civis e os grupos mais vulneráveis do Norte.
Na sexta-feira, reunidos
em conferência, a Igreja Católica e outras comunidades religiosas da Coréia do Sul
pediram oficialmente ao governo de Seul que desbloqueie as ações humanitárias e que
o fluxo de ajuda humanitária para o Norte seja prontamente retomado.
Um comunicado
assinado por 527 expoentes de várias comunidades religiosas, reunidas no Fórum "Religious
Solidarity for Reconciliation and Peace of Korea", reitera a alarmante situação de
miséria e a dramática carência de comida que afeta milhões de irmãos norte-coreanos.
Diante dessa emergência, "a ajuda humanitária permanece fundamental e pode
ajudar na reconciliação entre Norte e Sul" – afirmam os participantes do Fórum, que
reúne católicos, protestantes e budistas.
Sobre a crise diplomática entre
os dois países, o Fórum observa que "não se pode agir com a lógica do 'olho por olho,
dente por dente', ignorando milhões de famintos".
Por isso, invocam o diálogo
e uma cúpula entre as duas nações, a fim de romper o atual impasse antes que na península
se verifique uma nova e trágica onda de guerra e violência para todo o povo coreano.
(BF)