Havana, 20 jun (RV) - No contexto da Semana Social Católica, o professor cubano
da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, Arturo López-Levy, abordou o tema
“reconciliação dos cubanos”, afirmando que a libertação de presos em consequência
do diálogo iniciado entre a Igreja Católica e o governo cubano facilitará também a
reconciliação entre os cidadãos dentro e fora do país.
“A reconciliação nacional
para ser tal deve ser soberana. Há um vínculo entre o melhoramento progressivo dos
direitos humanos e a reconciliação” – disse o Professor López-Levy.
Para
o Bispo Auxiliar de Havana, Juan de Dios Hernández Ruiz, S.J. como “mediadores”, os
representantes da Igreja podem falar com toda a liberdade com os funcionários do governo.
Segundo ele, o Secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé,
Dom Dominique Mamberti, teria recomendado aos bispos, nesta tarefa de mediação, “diálogo
e escuta”. Dom Mamberti “aposta muito também no respeito às pessoas; é preciso ouvi-las
com todas suas características e conteúdos, o que facilitaria muitíssimo nossa missão
neste momento” – referiu o bispo jesuíta.
O primeiro resultado das negociações
entre o Presidente cubano e o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana
foi o fim da proibição das manifestações do grupo Damas de Branco, integrado por esposas,
mães e familiares dos opositores detidos. (CM)