2010-06-19 09:54:27

Políticas de acolhimento e de solidariedade, e luta contra o racismo e a xenofobia


(19/8/2010) Igreja invoca uma gestão regularizada dos fluxos migratórios mas ao mesmo tempo chama os governos dos países de acolhimento a assumir as próprias responsabilidades e a encontrar soluções que não sejam apenas aquelas de um endurecimento das sanções contra os irregulares e de um fecho mais hermético das fronteiras.

Um convite expresso pelo presidente do conselho pontifício para os migrantes D. António Maria Vegliò.

A ocasião para reacender a batalha da Igreja decidida a vencer a prepotência de quem prefere o uso da força contra os emigrantes, ao amor, á compreensão e á solidariedade é o dia mundial dos refugiados que ocorre no próximo domingo dia 20.

Uma efeméride que neste momento – salientou nos dias passados D. Vegliò numa homilia proferida em Santa Maria em Trastevere – assume um tom particularmente grave.

O pensamento vai ás pessoas que perderam a vida no mar, entre as engrenagens de um comboio, ou sufocados em containers, nos quais tantas pessoas vitimas de enormes disparidades nas sociedades do terceiro milénio , em vão tentaram a sua viagem da esperança.

Pobres que entram na casa do ricos sem serem convidados- disse D. Vegliò e que cometem o delito de clandestinidade acabando ás vezes no trafico da escravatura humana.

A Igreja condena esta situação e invoca uma gestão regularizada dos fluxos migratórios mas ao mesmo tempo pede soluções que não se fiquem pelas declarações verbais a favor do desenvolvimento dos países de partida destes migrantes, uma programação racional dos fluxos de entrada regular, uma maior disponibilidade a considerar casos específicos que exigem intervenções de protecção humanitária, para além de asilo politico.

Sem esquecer o direito de junção familiar, garantia de coesão e de estabilidade para as pessoas singularmente e para a sociedade. Uma prova de democracia, defende o presidente do conselho pontifício para os migrantes que deve passar não só através de leis mas também pelo controlo educativo e pela remoção daquele emaranhado de impulsos e actitudes de suspeição e preconceito, também quando não acabam abertamente em xenofobia e racismo.

Sentimentos inspirados – observou noutra sede o secretario do referido conselho pontifício D. Agostinho Marchetto – pela idolatria de si mesmo, do próprio grupo e da própria tradição sócio-cultural.








All the contents on this site are copyrighted ©.