2010-06-18 13:48:17

IMIGRAÇÃO: BISPOS PEDEM PROTEÇÃO E JUSTIÇA


Washington 18 jun (RV) - Concluída a Cúpula Regional sobre Imigração das Conferências Episcopais da América, os bispos participantes divulgaram um comunicado conjunto no qual lançam um apelo à proteção, hospitalidade, serviço e justiça para os imigrantes. A nota foi publicada na última terça-feira, no site da Conferência Episcopal dos EUA.

O encontro serviu aos bispos para analisarem um leque de questões relacionadas ao tema que a seu ver, deveriam ser tratados como problemas de nível regional: a violência, o tráfico de drogas e de seres humanos; a necessidade de proteger imigrantes e refugiados e de promover o desenvolvimento sustentável.

Na nota, os bispos apelam ao Congresso e ao governo Obama para demonstrarem que os EUA são uma nação de imigrantes, e reformarem as leis de imigração no sentido de permitir que os imigrantes, que trabalham tão arduamente para a economia norte-americana, desfrutem de proteção legal.

Em referência à lei recentemente promulgada no estado do Arizona, os Bispos argumentam que esta reforma eliminaria a necessidade de leis estatais ou locais que criminalizem os imigrantes não admitidos de maneira legal; e poria um fim às deportações que dividem as famílias.

A Cúpula reuniu bispos dos EUA, México, Canadá, Guatemala, Honduras, Panamá, Nicarágua, Costa Rica, Cuba, República Dominicana e Haiti, e teve a participação de Dom Antonio Maria Vegliò, Presidente do Pontifício Conselho para os Imigrantes e Itinerantes, e de representantes do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e do secretariado Latino-Americano e Caribenho da Rede Caritas (SELACC).

No comunicado, datado de 11 de junho, os bispos participantes se dizem “portadores do chamado do Santo Padre aos organismos internacionais e nacionais para que resolvam os problemas cruciais de segurança e desenvolvimento para o benefício de todos”. “Infelizmente, é uma realidade que neste hemisfério, a dignidade humana dos imigrantes continua a ser violada por sistemas governamentais ou outros, nas nações de origem, trânsito, chegada e retorno” – denunciam.

“Imigrantes, refugiados e pessoas em busca de asilo encontram um calvário; são maltratadas e exploradas tanto por funcionários dos governos e autoridades policiais, como por contrabandistas e criminosos. Isto é paradoxal se considerarmos que estes irmãos e irmãs estão tentando fugir da miséria, de desastres naturais, de violências e perseguições”. Além disso, acrescentam que “o aumento do tráfico de seres humanos em toda a região constitui um terrível mal, que vitima homens, mulheres, adolescentes e crianças”.

Os bispos recordam a atuação da Igreja Católica, afirmando que “é importante reconhecer que muitos membros da Igreja, e outras pessoas de boa vontade, têm trabalhado com afinco para proteger os direitos dos imigrantes e lutado para que as leis assegurem a proteção dos direitos humanos mais elementares”.

“Como pastores de milhões de católicos neste hemisfério, temos a obrigação de defender os direitos de todos os membros de nosso rebanho, especialmente dos mais vulneráveis” – ressaltam, exortando “todos os fiéis das comunidades católicas a solidarizarem-se com os imigrantes, empenhando-se por um tratamento mais justo e humano dos mesmos”.
(CM)







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