Freetown, 17 jun (RV) - Celebrou-se ontem o Dia Mundial da Criança Africana.
"Na
Serra Leoa esse dia conta, há 25 anos, com a participação de todas as escolas do país"
– ressaltou o missionário xaveriano Pe. Gerardo Caglioni, que tem uma longa experiência
de trabalho pastoral na Serra Leoa.
"A iniciativa reconhece a importância
de investir nas novas gerações para que possam, através da educação escolar, tomar
consciência de si e se tornarem capazes de construir um futuro melhor para o país"
– afirmou o sacerdote.
O Dia Mundial da Criança Africana foi criado, em 1991,
pela Organização da Unidade Africana, atual União Africana, a fim de recordar as vítimas
da tragédia de Soweto, em 1976, e os direitos negados à infância do continente africano.
Em 16 de junho de 1976, centenas de estudantes negros protestaram contra a péssima
qualidade de ensino e a imposição do africâner como língua a ser adotada nas escolas.
Por causa disso, foram assassinados pela polícia.
As jovens vítimas daquela
época são lembradas juntas com outras vítimas de tantas guerras africanas, como a
que ocorreu na Serra Leoa, de 1991 a 2002. Muitas dessas vítimas são crianças.
Não
são somente as guerras que matam as crianças na África. A malária e o sarampo são
as principais causas de mortalidade infantil. Segundo algumas recentes estatísticas,
mais de quatro milhões de crianças morrem, na África subsaariana, antes de completar
cinco anos. (MJ)