Representante da Santa Sé intervêm sobre a mortalidade materna pedindo medidas adequadas
para salvar milhões de mães e de bebés
(17/6/2010) Números impressionantes". É assim que o Observador Permanente da Santa
Sé nas Nações Unidas em Genebra, Dom Silvano Maria Tomasi, define os dados registados
anualmente, no mundo, relativos às mortes de mulheres no momento do parto, sobretudo
nas áreas mais pobres do Planeta. O prelado interveio no âmbito da 14ª sessão do
Conselho dos Direitos Humanos, realizada naquela cidade suíça .
Trezentos
e cinquenta mil recém-nascidos vêm todos os anos à luz órfãos de mãe. E milhões de
recém-nascidos não conseguem sobreviver pouco depois do nascimento. O quadro traçado
por Dom Tomasi é de desolação e miséria.
O cenário é geograficamente diferente,
mas comum nos êxitos: onde há pobreza, marginalização social, ausência ou quase de
direitos, mães e filhos correm o risco de ser tirados um do outro pouco depois do
parto.
O representante da Santa Sé disse que não surpreende a "forte correlação"
existente "entre as estatísticas relacionadas com a mortalidade materna e a mortalidade
neonatal", que indicam "que muitas medidas tendentes a combater a mortalidade materna"
contribuem para "uma ulterior redução da mortalidade infantil".
Infelizmente,
cada ano três milhões de recém-nascidos não superam a primeira semana de vida, e mais
de dois milhões morrem anualmente durante o primeiro ano de vida.
Recordando
que em muitos casos a redução da mortalidade materna foi possível graças "a uma mais
elevada renda per capita", a "taxas de educação superior para as mulheres"
e a uma crescente disponibilidade de cuidados médicos basilares", Dom Silvano Tomasi
fez um apelo à comunidade internacional:
Se realmente se quiser "reduzir de
modo eficaz as trágicas taxas de mortalidade materna", o respeito e a promoção do
direito à saúde e de acesso aos remédios "não devem ficar somente no palavreado ,
mas devem ser postos em prática pelos Estados, bem como pelas organizações não-governamentais
e pela sociedade civil" – concluiu o representante da Santa Sé.